Não falo da roupa de alfaiate, mesmo que ele ande sempre "engomadinho", muito menos do bigode pintado de branco. Falo do jornal que ele abre e por onde se esconde. Falo do cigarro que ele acende e que torna tudo ainda mais cinéfilo, com o fumo a aparecer por cima das páginas do diário.
Está farto dos políticos. Também eu! Foi por isso que quase que me apeteceu pedir-lhe um cigarro. Por falta de jeito acabei por não o fazer... mas que me apeteceu, apeteceu.
Ele vê os noventa cada vez mais perto, mas quando lhe apetece puxa de um cigarro, que nunca viu como um "prego", mas sim como um bom companheiro.
Continua a não querer saber o que é uma vida demasiado saudável, até porque tem sido esta "receita" que tem levado uma boa parte dos seus amigos, desta para melhor...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
«Ir desta para melhor».
ResponderEliminarHá muito que não ouvia esta frase, sempre a acontecer quando alguém partia sabe-se lá para onde.
Claro que todos sabemos que havemos de morrer, «um esplendor que nos faz chorar», como diria Manuel S. Fonseca.
Num dos muitos caderninhos que foi semeando ao longo dos tempos, tem lá um poema de que não sabe o autor, nem de onde o tirou:
“A morte
regressa sempre devagar
ao lugar da infância
felizes
dos que nunca se distraem
na viagem.”
Era uma frase que se usava muito, Sammy.
EliminarO nosso vocabulário é cada vez mais pobre...
Como Fernando Pessoa, fuma um cigarro distraído.... Um abraço! Elsa sem Blog
ResponderEliminarOlá, Elsa sem blogue (quem será esta Elsa?...)
EliminarChamo-me Elsa, sou natural da Ilha da Madeira venho ao seu blog quase todos os dias, aprecio o que escreve e gosto. Não tenho um Blog porque não tenho conteúdo para o criar, mas leio muitos. Um abraço desde a pérola do Atlântico
EliminarFoi um prazer saber que tenho uma leitora madeirense, uma Elsa. :)
EliminarAbraço deste outro lado do Tejo.
Bom dia, o prazer é todo meu, primeiro por ser uma apaixonada por Almada, segundo porque gosto mesmo de o ler. Sabe que quando descreve as conversas no café com os seus amigos, os que já partiram e os que ainda se manteem; como escreve com imagens em fotografias, sinto nostalgia porque já não há pessoas assim, quase que se pode dizer que já não há conversas assim, sobre tudo e mais alguma coisa e é giro a sua mensagem é quase um desenho, podemos imaginá-la... eu leio assim, com olhos e coração.
EliminarContinue nos passando os seus saberes.
Um abraço, ainda que virtual (está na moda). :-)
Elsa Janes
Grato pelas tuas palavras, Elsa.
Eliminar(comenta sempre que te apetecer...)
Sabes que sorri com a tua crónica?
ResponderEliminarAbraço
Ainda bem, já ganhei o dia Rosa. :)
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