Falo da "Crónica de África" de Manuel S. (de Santos...) Fonseca, cuja escrita é tão intensa que nos faz "estar (quase) lá", nas ruas de areia vermelha, a assistir de camarote às aventuras daquela juventude inquieta e colorida.
Estas bonitas memórias estão cheias de gente boa e de lugares inesquecíveis (para o Manuel...), que por vezes se misturam com os "filmes das nossas vidas", com a mestria do senhor Fonseca, que respira cinema por demasiados poros (e ainda bem...), sem nunca perder o sentido e o humor nesta sua escrita brilhante.
Como leitor, é sempre uma maravilha ler um livro que é aberto sempre com redobrado prazer e por muito que queiramos, não conseguimos "eternizar" a sua leitura.
Esta obra tem ainda outra virtude, como se alimenta de memórias, também mexe e remexe com as nossas, levando-nos a registar um ou outro episódio, que estavam esquecidos, num canto qualquer dentro de nós...
"É como leitores que somos literatura", escreveu alguém. Deve mesmo ser um livro especial, este de Manuel S. Fonseca, pelo efeito que provoca em quem o lê: mexer e remexer as nossas memórias... Obrigada pela sugestão.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um abraço.
É um livro muito vivo, Graça.
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