É comum dizer-se que somos dos países que gastamos mais dinheiro em jogos de sorte e azar. Pois é, a desigualdade social, "fabrica" destas coisas...
As filas nas tabacarias - que quase já não vendem jornais e mesmo os cigarros já viveram dias mais felizes - são o melhor indicador estatístico desta realidade portuguesa.
Mesmo sem ter qualquer dado seguro, arrisco dizer que as mulheres (a caminhar para a meia-idade...) devem ser as grandes consumidoras das raspadinhas (grande "invenção"...), que têm o pior de qualquer jogo: distribuem uns tostões aqui e ali, dando a entender que a sorte já esteve mais longe.
A passar pela tabacaria mais central de Almada lembrei-me da frase, que tem tanto de óbvia como de verdadeira, que o Carlos me ofereceu um dia destes: «Quanto mais pobres somos, mais necessidade temos de ficar ricos.»
E embora a "sorte" apareça muito raramente nos lares mais modestos, ajuda a que os pobres continuem a viver e a sonhar (e a jogar, claro)...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Que haja sempre esperança!!
ResponderEliminarE verdade, Catarina. A santa casa agradece. :)
EliminarBoa tarde
ResponderEliminarPara além do sonho penso que é mais uma doença e um vicio
JR
Torna-se vício, porque se querem libertar de outro vício, Joaquim, o de serem pobres...
EliminarO meu pai jogou sempre na Lotaria com o mesmo número ou terminação, neste caso. Quando fez 90 anos, declarou que, uma vez que nunca lhe tinha saído nada, ia deixar de jogar. Morreu com 98 anos sem nunca ter tido um único prémio!
ResponderEliminarEspero que pelo menos tenha tido sorte no amor, Maria. :)
EliminarAi, isso teve! Adorava a minha mãe, também já falecida.
EliminarBoa.
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