Era o meu primeiro ano em Lisboa... e com alguma naturalidade, foi um ano de descobertas.
Vinha da província, de uma Cidade quase sem Abril, pouco dada a fervores revolucionários.
Embora fosse um simples observador, era um observador feliz ao assistir a todas aquelas encenações humanas, ainda com espaço para sonhos.
Lembrei-me de tudo isto, porque hoje senti a alegria de um casal, que nunca perdeu um desfile na Avenida da Liberdade de Abril ou na Almirante Reis em Maio (os tempos da pandemia não contam...), que me explicou, entre outras coisas, que é um local de encontro anual. Há amigos que só se encontram nestes momentos festivos em que ainda se festeja a Liberdade...
E o que ficou, foi a expressão da contentamento da Teresa, de que continua a ser muito bom festejar a Liberdade, ainda que seja uma festa cada vez mais curta...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Ou porque estou a ficar velha ou desiludida, há muitos anos que já não participo nesses desfiles. Para mim, já não fazem sentido, principalmente depois destas últimas eleições...
ResponderEliminarQuanto aos amigos que só se encontram uma vez por ano, será que são mesmo amigos ou só conhecidos?
A mim falta-me sobretudo a militância, Maria.
EliminarNunca fiz parte de nenhum partido (e ainda bem).
Eu também não! E ainda bem, também!
EliminarBom dia
ResponderEliminarApós 15 ou 20 anos deixou de haver a manifestação verdadeira e passou a ser mais um dia feriado para a maior parte das pessoas .
Há sem dúvida ainda hoje quem se manifeste nesses dias, mas quando essa geração acabar, estou convencido que cada vez mais se sinta a falta de manifestações .
JR
Mas ainda há quem viva estes dias como uma festa, Joaquim. E ainda bem.
EliminarA Liberdade tem de ser uma festa diária!
ResponderEliminarEu participei em alguns desfiles e a festa colectiva é sempre melhor.
Abraço
Sim, há qualquer coisa que se cola à nossa pele, Rosa.
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