E hoje foi uma boa ideia levar "A Essência do Comércio", de Fernando Pessoa, publicada há quase 100 anos (em 1926, na "Revista de Comércio e Contabilidade"). É um livro de uma actualidade gritante, que teria muito a ensinar a grande parte dos nossos comerciantes (provavelmente o merceeiro da minha rua já leu este pequeno livrinho...). Começa logo com uma lição dada pelos alemães aos ingleses, com o negócio simples dos "ovos quentes" na Índia.
Fernando dá um particular enfase à psicologia, ao conhecimento que devemos ter "do outro". Curiosamente, essa continua a ser a principal lacuna de quem vive do comércio, que centra todas as suas atenções no presente e no lucro imediato (o turismo ainda agrava mais este problema...).
Apesar de ter ficado agradado com este Fernando Pessoa, "mais comercial", achei estranho a ausência de qualquer revista de moda ou de mexericos, que quase todos folheávamos nas salas de espera de clínicas e consultórios.
A pandemia nem poupou os "famosos", que uma boa parte das vezes, não fazia ideia quem eram nem o que faziam, para além de degustarem croquetes e fazer sorrisos cintilantes para os fotógrafos bem acompanhados.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Boa noite
ResponderEliminarParece impossível mas é verdade, há um ano atrás não era assim. Hoje não saio de casa sem um livro comigo para o caso de ter de esperar e não ter o que fazer. Habituei me de tal forma que o livro já é uma companhia.
Embora isto não tenha nada a ver com Fernando Pessoa.
JR
E que boa companhia que é um bom livro, Joaquim.
EliminarOlha "a Camponesa"! Dantes era muito genuína. Agora é só pró turista!
ResponderEliminarToda a Lisboa é só para turistas, Maria.
EliminarVoltámos ao mesmo, não aprendemos nada com a pandemia.
O materialismo é isto...
O conhecimento do outro serve para a vida em todas as suas valências.
ResponderEliminarFernando Pessoa é um génio!
Abraço
Estava muito avançado no tempo, Rosa, muito mesmo.
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