Pensei também na "Liberdade" do Sérgio Godinho, que nos diz que "só há liberdade a sério quando houver", e depois continua com: "a paz, o pão, habitação, saúde, educação ". Todo este crescimento, que nem sempre notamos, também está expresso noutra parte da canção: "Só se pode querer tudo quando não se teve nada".
E nós tínhamos mesmo muito pouco.
Claro que acabei por sentir que a Cultura foi o parente pobre de todos estes anos de democracia, porque nunca foi para todos... E continua a não ser (percebeu-se isso com bastante nitidez durante a pandemia).
Há muitos portugueses que nunca assistiram a uma peça de teatro, ao vivo. E muitos outros nunca entraram num museu nem apreciaram uma exposição artística. E há ainda outros, que nunca leram um romance do princípio ao fim...
Claro que não conheço nenhuma "fórmula mágica" para inverter esta marcha, que tanto jeito tem dado aos políticos, que se sentem sempre mais confortáveis quando governam um "bando de ignorantes" e não um grupo de pessoas esclarecidas...
(Fotografia de Luís Eme - Marvila)
Boa tarde
ResponderEliminarNão é muito meu costume fazer isto, mas desta vez sou obrigado.
Onde assino ?
JR
Grato, Joaquim.
EliminarTirando a leitura que é acessível à maioria de todos nós, milhões de portugueses estão bem longe de um teatro, um museu, uma exposição, um concerto.
ResponderEliminarTudo se passa nos grandes centros.
Abraço
Mas há quem nunca experimentou o prazer de ler, Rosa...
EliminarInfelizmente é assim em Portugal, o governo até pode achar mais cômodo governar ignorantes, mas os países com a população com um nivel de literacia mais elevado são mais desenvolvidos e mais prósperos.
ResponderEliminarÉ verdade, Micaela. São sempre mais exigentes, sabem mais o que querem.
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