Viver uma vida normal afasta-nos de outras coisas boas, como por exemplo, escrever romances. Claro que falo de "romances com alma" e não de "estórias de cordel"...
Sei que pode parecer exagero, o que António Lobo Antunes disse, mais que uma vez: «Não podes escrever e fazeres outra coisa. Não se podem fazer bons livros e ser-se jornalista, médico ou o que quer que seja. Estás de tal maneira ocupado com o livro que não tens tempo para mais nada, tens de sacrificar as outras partes da tua vida.» Mas é mesmo assim...
Mas não me arrependo nem um pouco, de em vez de escrever romances, ter acompanhado de perto o crescimento dos meus dois filhos...
(Fotografia de Luís Eme - Algarve)
Escrever livros é um trabalho a tempo inteiro que requer muitas horas por semana, que não tem horário estabelecido, nem intervalos, nem fins de semana.... Mas o mais importante é acompanhar de perto o crescimento dos filhos. Dou-te razão. : )
ResponderEliminarAinda bem, Catarina.
EliminarBom dia
ResponderEliminarNem poderia ser de outra forma. (digo eu).
Bfs.
JR
Poder podia, mas não era a mesma coisa, Joaquim. :)
EliminarTivemos bons escritores que eram médicos, seria Miguel Torga um bom médico.
ResponderEliminarUm exemplo entre outros.
Acho António Lobo Antunes um pouco snob.
Acompanhar de perto o crescimento dos filhos é um privilégio que só os que não têm um horário a cumprir, às vezes a kms de casa, podem usufruir.
Abraço
Provavelmente não era bom médico (ou seja, podia ser melhor...), e deve ter ficado com a sensação que poderia ter ido mais longe como escritor, se escrevesse apenas, Rosa.
EliminarO Lobo Antunes é um tipo estranho, vaidoso (o que lhe deve ter custado ver o Saramago "nobelizado"...), e que escreve para o umbigo.
Não é caso para se arrepender, antes para se orgulhar de ser um bom pai.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo
Mas eu não me arrependo, Elvira.
EliminarApenas fico a pensar que podia ter tido uma vida diferente... mas teria perdido mais coisas, certamente.