Como tenho dificuldade em perceber, em pleno século XXI, a "paixão" de tantos actores e encenadores pelo rei dos clássicos: o eterno William Shakespeare (passam a vida a sonhar com Otelo, Rei Lear, Hamlet ou McBeth...), aproveitei a oportunidade de estar na mesma mesa com um actor, para falar com ele sobre esta "fixação", entre outras coisas.
Com um sorriso disse-me ser imprescindível que Shakespeare conste na "ficha curricular" de qualquer actor ou encenador que se preze.
Mas foi ainda mais longe: confessou que não existe outra arte, com tantos "jogos de espelhos" e "feiras de vaidades", como o mundo da representação. Mas que se não fosse assim, não teria tanta magia e tanta beleza, nem existiria tanta gente a sonhar com a possibilidade de viver "outras vidas" nos palcos.
Ou seja, o teatro continuou a ser, em parte, um enigma para mim...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
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