segunda-feira, fevereiro 21, 2022

Há Espaço para a História no Mundo dos Partidos?


Não tenho qualquer afinidade com o CDS nem senti nenhum desconforto especial pela sua ausência no Parlamento, decidida nas últimas eleições por quem ainda acredita, que "o voto é a arma do povo".

A única coisa que sinto é curiosidade. Curiosidade em saber se o "peso da história" conta alguma coisa na "vida" ou "morte" dos partidos políticos. Estou a falar de um partido com quase 50 anos de existência e não de um daqueles partidos, que "aparecem" e "desaparecem" da vida política. Partidos que nunca se distanciam da imagem dos seus principais ideólogos (o PRD e Ramalho Eanes são o melhor exemplo...) nem conseguem criar uma identidade colectiva própria. 

Por saber que os partidos não são pessoas, não sei até que ponto é que a sua componente social, a história e o seu sentido colectivo (teoricamente deveria ter um peso muito maior que a imagem dos seus dirigentes, mas apenas teoricamente...), ultrapassam a imagem dos seus líderes. 

Mas a política é quase como o futebol, o que parecer ser, muitas vezes não é. Isso explica, por exemplo, a existência incrível de políticos com mais que "sete vidas". O caso mais gritante é Pedro Santana Lopes, o político a quem mais vezes foi anunciada a "morte política"... e que venceu recentemente as autárquicas para o Município da Figueira da Foz...

(Fotografia de Luís Eme - Alcochete)


4 comentários:

  1. Boa tarde
    Se há espaço ou não,eis a questão, mas sempre ouvi dizer que dos fracos não reza a história.

    JR

    ResponderEliminar
  2. Pedro Santana Lopes é um dandy e a Figueira ainda vive das memórias dos tempos dourados.
    Quanto ao resto penso que vai ser uma luta difícil a do CDS com outros partidos a roubarem-lhe o protagonismo.
    Só alguém com carisma faz renascer um partido.

    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não sei se o carisma vai chegar, Rosa. Temos de esperar para ver.

      Eliminar