Até visualizei o palco, dividido ao meio (com o público a assistir aos dois espaços: a repartição com gente à espera de vez, e o seu gabinete, para onde se ausentava e onde ficava largos minutos, a fingir ir em trabalho, para logo se sentar na cadeira a ler o jornal - sem se esquecer de colocar os sapatos em cima da mesa...), com as pessoas a esperarem e a desesperarem do lado de lá...
E quando voltava de novo ao atendimento, tornava o fácil, difícil. Um qualquer documento, que podia ser facultado em menos de uma hora, demorava uma semana no mínimo a ser entregue...
Era mesmo um "burocrata na quinta (e na sexta)", um exemplar demasiado fácil de encontrar em qualquer serviço público...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
A vida é uma peça de teatro e todos somos artistas, uns mais "artistas" que outros.
ResponderEliminarDeve ser uma bela peça!
Abraço
É mais para entreter, para aproveitar as ideias que vêm e vão, Rosa. :)
EliminarTão velho como o mundo, as peças de Teatro que em Portugal nunca encontraram as tábuas de um palco e foi para serem representadas que foram escritas. Tão triste...
ResponderEliminarÉ normal, Sammy.
EliminarNão se lê, não se vai ao teatro, não se vai ao bailado, não se vai à ópera...
Culturalmente, mudámos pouco em quarenta anos. Temos melhores casas, carros, mas...