Tenho bastantes recortes do jornal da minha cidade natal (Gazeta das Caldas), que me fazem perceber o quanto foi nefasta a perpetuação no poder de um senhor com o mesmo apelido do nosso primeiro-ministro como presidente de Câmara. O quanto se perdeu por teimosia, burrice e arrogância política...
Nem a situação geográfica das Caldas, bem no centro do Oeste - com as cidades de Peniche, Nazaré, Alcobaça e Bombarral a pouco mais de vinte quilómetros e as praias da Foz do Arelho e São Martinho do Porto a pouco mais de dez e Óbidos a cinco (manteve com este Município e com o seu presidente uma "guerra" aberrante, desbaratando o muito que foi feito pelo desenvolvimento da Vila, e eram da mesma força política...) -, foi aproveitada para manter e desenvolver a sua notória importância comercial, turística e cultural.
Se fôssemos um país normal, pessoas como este senhor, que se perpetuavam no poder entre os vinte e os trinta anos (abençoada lei que fixou o número máximo de mandatos autárquicos...), não poderiam fugir das suas responsabilidades, do muito mal que fizeram às suas terras. Ou seja, era impossível "empurrarem" a culpa para os outros, porque muitos dos erros cometidos estão fixados no tempo e na história.
Mas como todos sabemos, nem o facto de se conhecer os responsáveis pelos muitos "desmandos", que se fizeram de Norte a Sul, é uma vantagem no nosso país, onde continua a reinar a impunidade (muito graças à nossa justiça e ao nosso poder político...).
(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)
Nem sei como lá chegou e se manteve tanto tempo no poder!
ResponderEliminarAbraço
Porque nós fechamos os olhos às coisas importantes e andamos entretidos a discutimos bugigangas, Rosa...
EliminarPois é, mas a lei não impede um autarce que tenha estado o máximo de anos permitidos num concelho de se candidatar a outro concelho...
ResponderEliminarO problema maior somos nós que os elegemos e não o facto de se puderem candidatar e recandidatar, Lua Azul.
EliminarChegou a dizer a quem o queria ouvir, que o poder local, juntamente com o fim da guerra, constituíam o lado bom do 25 de Abril, o melhor lado, a rua onde o sol brilhava como ele gosta que o sol brilhe.
ResponderEliminarA transumância é das palavras mais bonitas da língua portuguesa. Lembra-se da transumância natalícia de visitar familiares, amigos, lembra-se, da mudança das colmeias que o Júlio fazia nos Cepos, junto ao Rio Ceira.
Agora sabe que os autarcas, aproximando-se o tempo de eleições, quais animais sem nome, ou com o nome que não lhe apetece, agora, chamar-lhes, cantando e rindo, praticam a transumância autárquica.
Que tristeza!
Fizeram-se coisas extraordinárias, logo depois de Abril, Sammy. Mas como o povo costuma dizer, "Foi Sol de pouca dura".
Eliminar(fizeram-se "milagres" quando não havia dinheiro das europas e tantos interesses instalados)