Não sei se fui eu que me cansei dos poemas, se foram eles que se cansaram de mim.
Nunca foram muito constantes, mas houve períodos em que apareciam com frequência. Era por isso que os esperava com um papel (de qualquer tipo e tamanho) e com um lápis e depois tentava dar-lhes uma forma de vida.
Muitas vezes perdiam a poesia durante a noite. De manhã, quando os relia, percebia que já eram outra coisa.
Acho que foi por isso que quando sentia a sua aproximação, ficava quieto, resistia a tentação de pegar num papel e no lápis, quase num "finca-pé", a ver quem é que desistia primeiro.
Não devem ter gostado deste jogo e deixaram de aparecer...
Às vezes tenho saudades deles, outras nem por isso.
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)
Na minha opinião, não devemos resistir ao que surge por inspiração ou intuição!
ResponderEliminarAs ideias devem ser agarradas!
Abraço!
Claro que sim, Micaela.
EliminarTinha escrito isto, mas acaba por ser uma "ficção". :)