quinta-feira, maio 02, 2024

«Que gente é esta?»


O Carlos cada vez se parece mais com um "perigoso comunista" (desses que comiam "crianças ao pequeno almoço", segundo os padres e a malta que agora quer ser dona do "outro 25", mais para os lados de S. Martinho...), ele que sempre defendeu as democracias dos países das louras grandes e bonitas.

Quando estou uns dias sem falar com ele, faz-me quase um resumo da "semanada". Como raramente falamos de futebol ou de credos religiosos, a política e os políticos acabam por se sentar sempre a nosso lado (sem se darem ao trabalho de pedir licença). 

O mais curioso, é que acabamos a rir com coisas que nos deviam fazer era "chorar"...

Se nunca gostou do Marcelo comentador, menos gosta do político, que está agora na idade perigosa, em que pensa que tudo lhe é permitido, até apelidar primeiros-ministros e ex, de coisas que não são, ou querer ainda ser o "justiceiro das áfricas e brasis" (também raramente consegue largar a capa de "super-herói").

Emboras reconheça que Montenegro é tudo menos um "saloio", sabe que ele não presta. Bastou vê-lo encostar-se ao "agraciador de pides", para lhe tirar a pinta. Também fala pouco, gosta de criar tabus e de "sanear" quem não se curva à sua passagem ou lhe oferece sorrisos (mesmo que sejam de "judas"). O jeitoso esqueceu-se foi de um pormenor: é mais difícil do que parece, transformar um competente em incompetente...

Para compor o ramalhete só faltava o Presidente da Câmara de Lisboa, vir a público dizer que a culpa do resultado negativo do seu exercício é do PS. Ele que está no poder há mais de dois anos e meio...

Olhei para o relógio e disse que tinha de ir. Não dei tempo ao Carlos de me falar das "últimas" da dona Inês, a alcaide do nosso burgo. 

Fica para a nossa próxima conversa de café.

Enquanto caminhava, ecoava na minha cabeça a sua questão, repetida duas ou três vezes: «Que gente é esta?»

Pois... São os eleitos pelo nosso povo.

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


4 comentários:

  1. Que povo somos nós, amigo?

    Abraço

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    1. Somos cada vez mais difíceis de caracterizar, Rosa...

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  2. O resultado das últimas eleições mostra como as nossas escolhas estão limitadas!

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    1. Pois mostra, Tintinaine. E baralha-nos ainda mais...

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