Claro que nem todos os netos vão nas "suas cantigas". Muitas vezes olham-nos como pessoas que vivem num outro mundo, que já passou. E têm razão, só que não há futuro sem passado.
Foi por isso que apreciei a quase reprimenda (tão suave que quase não se sentia...) do Carlos para o Pedro, que excepcionalmente estava na nossa mesa: «Eu já te disse mais que uma vez, que prefiro que dês uso à inteligência que à esperteza.» Claro que ele não se ficou e foi buscar uma frase corriqueira, colando-a aos antigos: «Não são vocês que dizem que o mundo é dos espertos?»
Percebi que estava a assistir quase a um "duelo de palavras", entre um adolescente e um homem maduro, e que me devia manter em silêncio.
Mas pouco depois o Carlos encerrou a questão com uma frase lapidar, deixando o neto sem resposta: «Filho, nunca te esqueças, que aquilo que nos diferencia dos animais é a inteligência e não a esperteza.»
O meu pensamento naquele momento foi para Gaza e para a Ucrânia.
Se aquela gente se aproximasse mais do humanismo e menos do animalismo... chegava-se com mais facilidade à paz, tão desejada pelo mundo inteiro...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
O pior é que não dão uso à inteligência!
ResponderEliminarAbraço
Mas a escola também tem culpa nisso, Rosa.
Eliminar(esta gente, se puder qualquer dia até apaga a história e a literatura do "mapa escolar")
Há quem seja de opinião que os seres humanos são a espécie mais destruidora, mais beligerante de todas apesar da sua inteligência e/ou esperteza.
ResponderEliminarClaro que somos, Catarina.
EliminarUsamos a nossa inteligência mais para o mal que para o bem. A existência de guerras é um exemplo claro disso.