Conheceu a personalidade. Como também conheceu um agente da PIDE/ DGS, que era da família da companheira. Ao contrário do doutor da Linha (viveu mesmo uma "segunda vida"...), toda a gente próxima sabia do passado pidesco do senhor, que no contacto pessoal, até dava ares de boa pessoa.
Apesar de tudo isso, havia uma espécie de "muro invisível" que o separava, que fazia com que o Rui não quisesse ter qualquer proximidade com este familiar afastado, ao ponto de ser capaz de "fugir" de reuniões familiares, porque havia qualquer coisa que os separava, para todo o sempre...
Falaram poucas vezes, de coisas banais. Embora fosse curioso (somos todos os que escrevemos...), nunca lhe passou pela cabeça perguntar o que quer que fosse sobre a sua "vidinha" de agente pouco secreto, que se assemelhava mais a "fode vidas" (a expressão é do Pedro), que a outra coisa.
Também nunca lhe disse, mas ele sabia, que o Rui era neto de um "perigoso comunista", que esteve "internado" (ainda há alguns "filhos da puta" que preferem usar esta palavra e não a de preso...) em Caxias e em Peniche...
O antigo agente da polícia política também sabia que há coisas que não se perguntam...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Sempre contaram com a discrição ou medo dos que sabiam!
ResponderEliminarAbraço
Mais discrição, Rosa.
Eliminar(penso eu)
Os rótulos preservam-se sem perguntas e destroem-se com hipérboles.
ResponderEliminarÉ verdade, José.
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