Há pessoas que quase desapareceram do mapa, como foi a Rita, que encontro muito menos do que devia, porque o "teletrabalho" veio mesmo para ficar, em muitas profissões e ocupações.
A coisa que ela achou mais estranha em mim foi o meu cabelo estar mais cinzento, mesmo que dissesse que me ficava bem. Podia ter falado das "olheiras", coisa que quase não tinha antes do "fecho do país", porque dormia lindamente, coisa que não acontece hoje, em que acordo mais vezes do que devia durante a noite. Ou ainda dos centímetros que tinha a mais na zona abdominal...
Claro que olhámos para trás com humor. Muitas vezes é essa coisa boa, de um dito ou de uma história alegre, que nos anima e faz andar para a frente.
Mesmo assim a Rita disse: «Mudou tanta coisa. Até nós somos outras pessoas...»
E somos mesmo (mas não vou falar do que o Carlos disse, sobre "vinagre" ou sobre "fascistas"...).
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Estamos em constante mudança por fora e por dentro, ou melhor fisicamente e psicologicamente.
ResponderEliminarAbraço
Mas eu estava mais a pensar nas mudanças que a "vida" tantas vezes implica (e força), Rosa.
EliminarSim, somos todos um pouco diferentes do que há 4 anos.
ResponderEliminarNotei isso em mim hoje devido ao meu sistema olfativo. Ou porque está mais sensível ou mais apurado. Isto depois de anos a andar com máscara. Quando entro num estabelecimento onde há vários cheiros, ainda coloco a máscara, porque me incomodam. O que não acontecia antes da pandemia.
Hoje desloquei-me à biblioteca – a primeira ou segunda vez em 3 anos e tal - para ir levantar um livro físico, pois não existe no formato digital que é o que leio.
O livro foi publicado em 2013, é de capa dura e enorme, embora tenha apenas 300 e tal páginas. É pesadíssimo. Com efeito pesa 1 kg e 756 g. Sim, pesei-o quando cheguei a casa!!: )) Ao abri-lo, o cheiro a livro antigo é tão intenso (ou por ter sido pouco lido) que o coloco lá fora para o arejar ao sol. : ))) Parece anedota, mas não é. Ora isto também nunca teria acontecido antes da pandemia.
Conclusão, essa história de poder folhear-se um livro, de se gostar do cheiro das folhas, blá, blá... para mim é uma grande treta.
Para mim não, Catarina.
EliminarGosto de folhear um livro. Muito.:)
Já em relação aos cheiros... (não gosto do cheiro a velho, seja com mofo ou de tabaco, por exemplo. Mas também não gosto do cheiro a novo, ainda com resquícios de tinta...).
Falta de hábito.
EliminarAndar com um livro de papel sempre connosco é um incómodo. Gosto desta evolução no que diz respeito ao processo como se pode ler. : ))
Mas eu não ando sempre com um livro "no bolso", mesmo que goste bastante da sua companhia, Catarina. :)
EliminarEu andava. Antes de criar o gosto pela digitalização, não saía de casa sem um livro e até tinha sempre um no carro, caso tivesse de esperar em qualquer lugar.
EliminarSair à rua sem um livro é sair descalço.
EliminarFalo de um livro, note-se, daqueles em que posso tomar notas, daqueles em que sinto o prazer de os folhear, daqueles em que o cheiro é o insubstituível (cheiro a livro). Ler um livro no tlm? absolutamente impensável, seria como calçar as meias por cima dos sapatos...
ahahahah .... Estamos na Idade da Pedra, estou a ver!!
EliminarUma gracinha apenas!