Olho-a todos os dias. Mas olhar é pouco...
Sinto falta da travessia, do partir, do chegar, do voltar...
Sinto falta de andar pelas ruas, descobrir uma coisa nova, que pode ser um simples nome de uma pensão ou de um café, que já conhecia mas nunca reparara na "placa de identificação", que me leva a sorrir a dizer a fingir, que até parece ter sido ali colocada "ontem"...
Já passaram demasiados meses, desde que começámos a dizer que tudo ia melhorar. Como os meus filhos já são grandes, não tive de retirar nenhum desenho colado na janela, com um arco iris pintado de esperança, quase sem cor...
Pois é, já passou uma eternidade e ainda lá não chegámos...
(Fotografia de Luís Eme - Fonte da Pipa)
Olhar é tudo, mesmo para a eternidade a que nunca se chega.
ResponderEliminarEscreveu há pouco: O Fernando Pessoa dizia que vivemos da memória, o Álvaro Guerra perguntava «que outra coisa se pode fazer numa terra de poetas senão navegar inseguramente com as palavras e com a memória da memória das palavras?»
E perguntava muito bem o senhor Álvaro, dos bonitos cafés de Vila Franca de Xira, Sammy.
EliminarOlhar é bom mas não chega, bom, bom, é ir...
E está devagar que cheguemos. Infelizmente.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo
Esperemos que o Verão traga um Sol com saúde, Elvira...
EliminarPois, tudo verdade!
ResponderEliminarQuando tudo começou a ser cancelado e adiado, pensávamos - pró ano há-de ser melhor, fica pró ano que vem. E 2021 está a ser apenas o prolongamento, uma extensão de 2020!
Também eu tenho saudades de muita coisa!
Beijinho e continuação de um bom domingo!
Temos de ter paciência e esperança, Micaela.
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