Fingem esquecer-se que a escola é demasiado limitada e limitativa (especialmente a universidade...), em relação ao mundo das pessoas e das coisas, que nos espera do lado de fora da porta e da janela.
Embora tenha andado na universidade, sei que aprendi coisas muito mais utéis, na outra "universidade", porque tive a sorte de ter melhores professores.
É por isso que não tenho qualquer problema em dizer: se não fosse a "universidade da vida", o que seria de nós?
Eu sei que fui um estudante ligeiramente distraído (ou azarado...), porque os bons professores que conheci nos vários patamares de ensino contam-se pelos dedos das minhas mãos. E nenhum foi capaz de me ensinar coisas tão duradouras como o meu avô materno, que era impossível ser analfabeto, pois foi um dos melhores professores que conheci pela minha vida fora.
Continuo a pensar que a escola é demasiado fechada (e rígida) para os próprios professores, que muitas vezes se sentem perdidos nas salas e nos corredores. Digo isto porque sou amigo de vários mestres do ensino, com quem é sempre um prazer partilhar saberes, que tanto podem vir de dentro como fora dos livros, num ambiente de amizade e cumplicidade.
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Tive bons e maus professores, quer no liceu, quer na Faculdade. Eu própria já dei boas e más aulas...
ResponderEliminarMas nunca aprendi nada de jeito com a minha família...
Eu não tive muitos bons professores, pelo menos no secundário. Deve ter sido a paga" de ter tido uma excelente professora primária, Maria. :)
EliminarAprendi muita coisa boa com a minha família, sem me aperceber.
ResponderEliminarEle também teve um avô maravilha e lembra-se de uma canção dos Simon & Garfunkel («Kodakchrome) em que se canta: quando penso em todas as porcarias que aprendi na escola, espanto-me como ainda consigo pensar e não sentir a falta do que me quiseram ensinar.
Eu tive o "azar" de passar pelo secundário em 1975, 76, 77... com a ausência de tudo o que deve existir na escola, especialmente bons professores, Sammy.
EliminarE tenho aprendido muito mais nos cafés que o que aprendi nos bancos de escola.
Incomoda-me muito que o ensino (especialmente o universitário - o exemplo actual do meu filho, diz-me que pouca coisa mudou) seja mais de "empinar" que de "saber".
A Vida é a melhor escola de todas mas tenho pena que alguns ensinamentos tenham chegado demasiado tarde para mim.
ResponderEliminarTive a sorte de ter sobretudo bons professores em todos os níveis, sendo a professora da primária a principal.
Gostaria que todos os que me tiveram como professora me recordassem com estima mas isso não será possível. Nunca agradamos a todos.
Na família os ensinamentos chegaram-me pelo exemplo.
Abraço
Pois é, Rosa, nunca conseguimos agradar a todos os alunos, até porque não é essa a nossa missão...
EliminarBom é sabermos que tentámos ser justos, cumprindo o nosso papel como educadores.
Bom eu completei a 4ª classe em 1954. Aprendi tudo o que era rio, serra ou monte. Aprendi a tabuada a ler e a escrever. Tudo o resto aprendi por mim própria com os livros que lia e observando a vida que me rodeava. Há 3 anos fui para a Universidade Sénior. E aprendi mais umas coisitas, mas a maioria aprendi mesmo vivendo.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo de S. Valentim
A Elvira fez-se a si própria, com o que a vida lhe proporcionou.
EliminarInfelizmente cresceu num tempo onde não existiam oportunidades para todos. O crivo na escola fazia-se socialmente, o liceu já não era para todos e a universidade era apenas para os "ricos" (e bem remediados...), literalmente.