segunda-feira, abril 27, 2015

Encontro com Palavras Esquecidas


Encontrei um daqueles papeis em que escrevo coisas quase para nada, misturado com outras inutilidades. Por curiosidade fui ver o que estava lá.  Descobri a facilidade com que desenhara o meu "conservadorismo", em apenas dois apontamentos:

«Desde que comprei casa, nunca mais mudei. Mesmo em todo o tempo que vivi com os meus pais, só mudámos de casa uma vez, quando passámos de uma casa alugada para uma casa própria.»

«Os cafés que frequento são os mesmos de há duas décadas. Isso acontece sobretudo por ser bem tratado, o que faz com que me sinta quase em casa em qualquer deles.»

Se tivesse dúvidas de que sou mais conservador que liberal no curso normal da vida, perdia-as...

O óleo é de Laura Westlake.

4 comentários:

  1. Penso que não seja uma questão de se ser liberal ou conservador mas apenas uma questão de carácter.
    Um homem de carácter, um homem inteligente, um homem bem formado, adapta-se perfeitamente ao meio ambiente onde se sente bem, onde é bem tratado e forçosamente que daí vão surgindo laços que não são fáceis de quebrar (de ambas as partes), penso eu que seja apenas a circunstância.

    Um abraço

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    1. penso que também há aqui algum conservadorismo sim, Severino.

      embora também não exista necessidade de mudança, por gostar do lugar onde moro, por gostar do café que me recebe de braços abertos...

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  2. Boas , somos sempre conservadores com o que gostamos , e esses apontamentos traduzem bem isso ... é sinal que tem sido abençoado por aquilo que gosta . Abraço

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