segunda-feira, abril 20, 2015

A Inteligência, o Medo e os Sentidos


Ia dizer que não sabia o que é que nos segura, o que faz com que não nos deixemos ficar reféns dos "sentidos" pelas ruas do mundo, cheias de cores e de encantos, mas estava a mentir.

A inteligência, a tal  "arma" que nos separa dos outros animais e que nos faz pensar duas e três vezes, em vez de nos deixarmos levar pela febre do desejo, muitas vezes momentâneo, deita quase sempre tudo a perder.

Parece um jogo, que começa e acaba na nossa cabeça, quando esta se descobre avessa às "loucuras" alimentadas por um olhar mais intenso e nos recorda a "vida" e nos obriga a "acordar"...

É isso que faz com que seja tão difícil entrarmos num quarto, deitarmos as roupas para o chão, darmos  apenas voz ao nosso corpo, sem querer mais nada que o objecto do nosso desejo, e mais importante ainda, sem precisarmos de saber quem entrou no nosso jogo...

Somos baralhados pela honra, pela dignidade, pela ética, pela fidelidade (essa coisa tão canina...) e sei lá por mais o quê. 

Espere, sei de pelo menos mais uma coisa que nos confunde: o medo.

O óleo é de Achilles Droungas

2 comentários:

  1. Confunde-nos, atrapalha-nos, apavora-nos, arrasa-nos, suga-nos a alma...

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