Ia dizer que não sabia o que é que nos segura, o que faz com que não nos deixemos ficar reféns dos "sentidos" pelas ruas do mundo, cheias de cores e de encantos, mas estava a mentir.
A inteligência, a tal "arma" que nos separa dos outros animais e que nos faz pensar duas e três vezes, em vez de nos deixarmos levar pela febre do desejo, muitas vezes momentâneo, deita quase sempre tudo a perder.
Parece um jogo, que começa e acaba na nossa cabeça, quando esta se descobre avessa às "loucuras" alimentadas por um olhar mais intenso e nos recorda a "vida" e nos obriga a "acordar"...
É isso que faz com que seja tão difícil entrarmos num quarto, deitarmos as roupas para o chão, darmos apenas voz ao nosso corpo, sem querer mais nada que o objecto do nosso desejo, e mais importante ainda, sem precisarmos de saber quem entrou no nosso jogo...
Somos baralhados pela honra, pela dignidade, pela ética, pela fidelidade (essa coisa tão canina...) e sei lá por mais o quê.
Espere, sei de pelo menos mais uma coisa que nos confunde: o medo.
O óleo é de Achilles Droungas
Confunde-nos, atrapalha-nos, apavora-nos, arrasa-nos, suga-nos a alma...
ResponderEliminarsomos quase estranhos, Graça.
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