O ser-se português é quase sempre tema de conversa, pelos piores motivos.
Nunca fui grande apreciador do nosso "bota abaixo", nunca achei que fossemos os "piores do mundo" no que quer que seja. Somos quanto muito diferentes, em algumas coisas.
Na última conversa de café, a mentira (de perna curta e comprida...) veio para a mesa e vi-me praticamente isolado, por achar que não somos mais mentirosos que os outros povos, europeus ou de outro continente qualquer.
Alguns companheiros ainda estavam irritados por as pessoas mentirem sobre coisas perfeitamente inúteis, como aconteceu com os filmes de Manoel de Oliveira e os livros de Herberto Helder, que quase ninguém viu ou leu, embora tenham partilhado no "faicebuque" e nos "blogues" coisas extraordinárias sobre estes dois autores.
Contra a corrente, disse que só por isso, tinha sido útil escreverem pequenos textos ou frases sobre o Manoel e o Herberto, pois pelo menos contactaram com a sua obra (mesmo que se tenham limitado aos títulos, e talvez tenha ficado alguma curiosidade pelos filmes e poemas...).
Por outro lado, com a liberdade e a possibilidade da existência de "comentadores anónimos", acredito que muitos também devem ter "pintado a manta" da pior maneira possível, por isso...
Mas continuo na minha: «Não acredito que sejamos mais mentirosos que os outros.»
O óleo é de Ivo Petrov.
Aqui há uns (muitos) anos comentava eu para um amigo (mais velho e mais letrado): ó Luís já viste como esta revista ("MARIA") se vende, é uma porcaria - deixa lá ó Seve é melhor ler aquilo do que não ler nada, ao menos lê.
ResponderEliminaré bom sermos optimistas, Severino, ficamos menos deprimidos com este país e estas gentes...
EliminarOra aí está um assunto em que nunca pensei. Mas julgo que toda a gente mente. Uns mais outros menos. Penso que isso é um dos defeitos, com que a humanidade vem programada. Logo não penso que sejamos melhores ou piores que os outros.
ResponderEliminarUm abraço
claro, Elvira.
ResponderEliminarsomos todos iguais e todos diferentes. :)