quinta-feira, dezembro 10, 2020

Jorge Jesus e este Mundo cada vez mais "politicamente correcto"...


Jorge Jesus é uma das figuras públicas mais genuínas do nosso país. Terá defeitos, como todos nós, mas a hipocrisia e o cinismo não fazem parte da lista. É por isso que é "tão explorado" nas conferências de imprensa, pois raramente se recusa a responder a qualquer questão, por mais polémica que seja.

Este seu feitio fez que em menos de um mês fosse apelidado primeiro de "machista" e agora de "racista", ou seja, apenas por ser igual a ele próprio. Levou com o rótulo de "machista" por ter dito a uma jornalista o que tem dito a dezenas de jornalistas, homens, quando não concorda com as questões levantadas. E ontem, quando lhe perguntaram o que pensava sobre o incidente de Paris entre um árbitro e um treinador (que interrompeu a partida para a Liga dos Campeões, com o abandono das duas equipas...), entre outras coisas disse que o "racismo estava na moda". E infelizmente tem razão, apesar de todas as "virgens ofendidas", que se manifestaram contra ele, por esse mundo fora.

Vou só dar como exemplo o que aconteceu comigo há exactamente uma semana. Quando abri a porta do meu prédio para entrar com as compras, um jovem de cor aproveitou para se enfiar dentro do prédio, sem dizer "água vem água vai", com o objectivo de colocar publicidade na caixa do correio. Chamei-lhe a atenção que não podia entrar sem máscara, por estar num sítio fechado. Argumentou logo que só usava máscara se quisesse. E quando o convidei a abandonar o prédio, fez-se logo de vítima, disse-me que só estava a mandá-lo embora por causa da sua cor da pele. A única resposta que lhe dei foi: «Ponha-se lá fora!», irritado, claro.

Continuo a pensar que se as pessoas querem ser tratadas como iguais, têm de pôr na cabeça que são como nós. Devem defender-se sempre com o facto de terem os meus direitos que qualquer cidadão, e não a fazerem logo o papel de "vitimas", quando as coisas não lhes correm como querem. Algo que está a acontecer cada vez com mais frequência entre nós.

(Fotografia de Luís Eme - Olho de Boi)


6 comentários:

  1. Ora aí está - o Luís acertou na mouche: fazer-se de vítimas é o que está a dar.

    Esta do Jorge Jesus é absolutamente ridícula, o homem foi totalmente puro, genuíno e verdadeiro nas suas declarações tal como na resposta à jornalista - é uma total imbecilidade chamá-lo de machista e racista.

    Esta gente do politicamente correcto está absurdamente louca e desvairada.

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    1. Esta gente deturpa tudo, apenas por que sim, Severino.

      Enchem as redes sociais de polémicas e mentiras, sempre de dedo espetado para alguém.

      É caso para dizer: "pobres infelizes!"

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  2. Eu já não aguento esta conversa do racismo num país onde a miscigenação impera há séculos. O que é que querem mais? Mandar nisto tudo?! Tenham juízo!

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    1. É tudo tão estranho, Maria.

      A discriminação e violência sexual é muito mais visível e não merece tantos reparos e acções.

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  3. E as mulheres (nossas mães, nossas avós e por aí fora) que ao longo dos séculos têem sido vítimas de violência dos brutamontes.

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    1. Sim, Severino. As mentalidades eram diferentes, assim como as próprias leis. A mulher casada até 1974, era quase "propriedade" do marido, até mesmo na lei...

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