E se forem quase antigas, não há forma de fugirmos à nostalgia... Quando damos por isso, estamos a fazer festas às fotografias que têm dentro pessoas de quem gostamos.
Não escrevo isto a pensar nas diferenças que encontramos em relação ao que fomos e ao que somos, mas sim na sensação de perda que experimentamos ao olharmos pessoas que deixámos de ver e ter por perto, e dos lugares que deixámos de percorrer.
Sabemos que não são apenas os acasos da vida que nos "roubam" pessoas. Quando queremos mesmo "desaparecer" de qualquer lugar e tentar "ser outra pessoa", também é possível partir sem deixar rasto.
E nem estou a pensar nos ex-namoradas ou namorados, que mesmo quando as coisas não acabam muito mal, queremos vê-los longe da vista e do coração.
Sim, também se parte voluntariamente...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Todos os dias acorda cansado.
ResponderEliminarEste cansaço pandémico que lhe tolha os passos, as ideias, logo nos primeiros instantes de qualquer começar de dia.
Tivesse ele o arquivo fotográfico que está por aí, e não andava a esgravatar palavras que teimam em sair, e quando espirram, não sabe o que querem dizer.
Por fotografias, recorda-se de um poema de Pedro Mexia, que não faz parte das suas leituras, por motivos que agora não interessam, e que fazia parte de um dos seus primeiros blogues:
«Tenho fotografias que provam que nunca exististe.»
Esse cansaço, deve ser geral, Sammy.
EliminarSinto que envelheci uns dez anos em meses.
Sei que devia levantar os braços, mas está difícil...
Temos que lutar e ir em frente porque isto há-de passar e vamos vencer -tudo tem um fim-!
ResponderEliminarÉ verdade, Severino. Mas isto tem sido demais...
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