domingo, dezembro 06, 2020

As Liberdades Criativas do Cinema...


Hoje vi na televisão a versão cinematográfica de "Ben-Hur", de 2016 (foi a segunda vez mas só agora é que sugestionou escrever alguma coisa sobre as adaptações que se fazem de livros para cinema...), bem diferente da primeira, realizada em 1959, por William Wyler, que conquistaria onze oscars, que seria um recorde naquele tempo.

Achei curioso os autores do guião desta segunda versão, ainda se terem afastado mais da obra inicial (o romance escrito em 1880 por Lew Wallace), oferecendo às personagens vidas ligeiramente diferentes, no espaço e no tempo, da fita de Wyler.

Mas o que queria escrever é sobre a liberdade que sempre existiu no cinema, quando adaptam histórias de livros. Embora saiba que não se trata de uma tarefa fácil conseguir sintetizar obras com 200 ou 300 páginas (às vezes mais...) numa história para o grande écran, com menos de duas horas, muitas vezes realizam-se filmes que não têm quase nada a ver com o conteúdo do romance escolhido para "filmar".

Acabei por me lembrar das irritações de Agustina (justificadas) com o que o Manoel de Oliveira fazia com os seus livros...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


6 comentários:

  1. É bom haver essa liberdade criativa. Mas confesso que não gosto de novas versões de filmes tão icónicos como o Ben-Hur.
    Cuide-se bem meu Amigo Luís.
    Uma boa semana.
    Um abraço.

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    1. É bom e não é, Graça.

      Há escritores que não acham graça nenhuma. :)

      (segundo consta, Hemingway só gostou da adaptação de um dos seus livros para cinema, o "Por Quem os Sinos Dobram"...)

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    2. Mas a Ingrid Bergman no papel de uma republicana....valha-me Deus! O Hemingway gostou porque ela era bonita e ele adorava mulheres belas....
      O livro é muiiito melhor que o filme!

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    3. Mas o normal é que seja assim, Maria, que os livros sejam melhores que os filmes.

      Não há nenhum livro que caiba num filme. Os filmes são sempre demasiado curtos...

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  2. Quase sempre as adaptações ao cinema de obras que lemos anteriormente nos decepciona.
    Abraço, saúde e bom feriado

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    1. Sim, normalmente contam uma história diferente, Elvira.

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