Uma vez por semana visito uma quase fazenda familiar (pequenina), onde me exercito e dou espaço a pequenas coisas que aprendi com o meu avô, com o meu pai e com alguns dos meus tios (sem me aperceber...).
Hoje estava de volta de uma cepa ou - videira -, que tinha demasiadas silvas à sua volta, que me entretive a arrancar pela raiz, para depois a poder podar.
Foi quando me lembrei a espaços do meu avô materno, por ele ser um excelente professor e eu um mau aluno, de tantas lições... com e sem as muitas plantas que brotavam da terra.
Mas também pensei que estava longe de ser "burro", mesmo pequenote. Não gostava do campo por tudo o que ele significava na vida das pessoas. Dava muito trabalho e pouco proveito a todos aqueles que viviam apenas da agricultura, como era o caso do avô, ainda sem a ajuda das máquinas...
(Fotografia de Luís Eme - Sobreda)
A olhar se aprende muito, eu sou um exemplo vivo disso mesmo, não tenho medo de pegar em qualquer ferramenta.
ResponderEliminarTintinaine
Sim, Tintinaine, aprende-se a ver, muitas vezes sem nos apercebermos...
EliminarEmbora seja neta dos dois lados de agricultores com alguma coisa de seu, só aprendi com eles a ter uma vida regrada!
ResponderEliminarAbraço
Aprendeste um dos princípios das suas vidas, Rosa, em que todos os tostões contavam...
EliminarGuarde-o bem, use e abuse desse pedacinho de terra.
ResponderEliminarComo é habito dizer, quem nasce em Lisboa não tem terra. Sempre foi um nostálgico do “ir à Terra”. Tanto na tropa, como enquanto trabalhava, sempre lhe soou bem ouvir dizer “ vou passar o Natal à terra”. E pensava em como eram felizes os que podem dar um salto à terra, respirar o ar antigo, o frio diferente, o crepitar da lenha na lareira e depois voltar carregado de couves, batatas, alhos, cebolas, chouriças, um naco de presunto, um raminho de louro. Admitir mesmo que os rituais do Natal só o serão realmente “na terra”, onde toda a família se reúne, vinda de longe.
É disto que se lembra quando olha alguns pedaços de terra onde, por idos de Setembro foram plantadas couves, provavelmente por um qualquer nostálgico da terra que tem longe e essas serão as couves que, pelo Natal, já bem crescidas, subirão à mesa a acompanhar o bacalhau.
É essa nostalgia que fez com que crescessem tantas hortas urbanas, Sammy... Esse gosto de ver as coisas nascerem e crescerem... como lá "na terra".
EliminarSó mais tarde é que certos ensinamentos frutificam. Mas se ficaram guardados no coração não se perderão nunca. O campo está muito bonito. A chuva tema ajudado.
ResponderEliminarCuida-te bem, meu Amigo Luís.
Uma boa semana.
Um abraço.
Sim, só quando descobrimos que afinal sabemos muito pouco da vida, é que vamos buscar os ensinamentos que ficaram dentro de nós, esquecidos, Graça.
EliminarBem, eu vou destoar de toda a gente. Eu adoro cidades grandes! Gosto das ruas, das casas, dos monumentos, dos museus...o campo aborrece-me!
ResponderEliminarSempre gostei do campo como espaço, da sua largueza, dos cheiros da primavera, da passarada, Maria... e mais coisas.:)
EliminarEu compreendo...as pessoas são diferentes!
EliminarE ainda bem, Maria. :)
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