Na próxima quarta-feira sou o convidado do Ciclo, "Escritores - Memórias Vivas de Almada", que começa às 18 horas, na Sala Pablo Neruda, do Forum Romeu Correia.
Hoje estive a escrever parte da minha intervenção, que acaba por ser o reflexo dos meus 20 anos de carreira literária. Transcrevo aqui uma pequena parte, em que falo da ficção:
«Com todas estas aventuras a ficção ficou
para trás. Não que tenha deixado de escrever histórias. Tenho centenas de
contos escondidos no computador, cuja maioria ficará por lá, eternamente, sem
qualquer chatice. Também tenho uns três ou quatro romances incompletos...
Estão incompletos porque nunca me
escaparam. Nunca ganharam vida própria.
Sei que para mim é impossível voltar a
escrever um romance e ter uma vida normal. Para o fazer sei que teria de me
isolar, me esconder em qualquer aldeia e ficar por lá refém do livro e das suas
personagens, esquecido da minha família, pelo menos por alguns momentos…
Claro que todas estas aventuras se devem
à minha facilidade em escrever, sem complexos, coisas grandes, pequenas, de
valor literário ou apenas escritos de amizade.
Quem me conhece melhor às vezes diz que
me devia levar mais a sério. E que é isso que faz com que não faça "voos mais
altos". É provável que isso aconteça, mas gosto muito de ter os pés no chão,
mesmo quando visito a Lua…»
(Fotografia de Gena Souza)
A simplicidade expressa neste excerto, daquilo que será a sua intervenção no Ciclo Literário, fez-me lembrar, com muito agrado, daquela passagem bíblica que inspirou o escritor Erico Veríssimo, no seu romance homónimo: "Olhai os Lírios do Campo"... (que não fiam nem tecem, mas nem Salomão em toda a sua glória e magnificência, se vestiu como um deles.)
ResponderEliminarA diversidade dos seus escritos é muito rica e cativante, Luís. Tanto, quanto a sua simplicidade.
Parabéns, por isso.
Um abraço.
Janita
(A Janita deixa-me com poucas palavras...)
EliminarEntão que corra tudo muito bem na próxima quarta-feira!!
ResponderEliminarGosto bastante de o vir aqui lê-lo (e ver as telas...) Talvez depois de as crianças serem adultos haja tempo e disponibilidade mental para escrever «a sério»...
Beijinhos "literários"...
Há-de correr, Graça.:)
EliminarQue saiam do computador esses contos e que se acabem esses romances para que possamos lê-los. Gostei do excerto do que vais dizer quarta.feira.
ResponderEliminarUm abraço, Luís.
Não necessariamente, Graça.
EliminarTalvez já tenham tido o seu tempo, enquanto exercício de escrita.
desejo que seja uma boa palestra (e vai ser) e boa sorte.
ResponderEliminarboa semana
beijo
:)
Sim, Piedade. :)
Eliminarque corra muito bem, Luis :)
ResponderEliminarCorrerá, Laura.:)
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