Quando ela disse, «A chuva é quase uma prisão», a primeira imagem que me surgiu foi a minha filha divertida na rua a meter os pés nas poças de água, nestes dias molhados.
Eu e quase todos nós enquanto crianças fomos assim. Eu e o meu irmão tínhamos um "desporto" de inverno terrível, que era ver quem é que conseguia salpicar mais o outro nas poças que nos apareciam no caminho... Algo que a mãe detestava, não só por ficarmos molhados, mas também por ficarmos sujos de lama. Normalmente isto acontecia a caminho do bairro da nossa meninice, que só conheceu o alcatrão quase no começo da nossa adolescência...
Comecei a sorrir graças às minhas memórias, algo que a deixou intrigada.
Claro que a chuva está longe de simbolizar a liberdade, não é por acaso que se vêm menos pessoas nas ruas, mas se estivermos bem calçados e de chapéu de chuva, até nem é mau de todo ver e saborear a água a cair...
(Fotografia de André Kertész)
Gostei muito do texto e da imagem!
ResponderEliminarA chuva é uma prisão onde sabe bem estar. Uma bebida quente, um sorriso onde nos levaram as nossas memórias de meninos e alguém perto de nós.
Alguém que nos retribua o sorriso mesmo sem saber porquê.
Uma prisão onde, nos dias de chuva torrencial, como hoje, somos prisioneiros voluntariamente...
Um abraço, Luís!
A chuva é tudo o que quisermos, Janita.:)
EliminarTambém este texto me trouxe muitas recordações de infância. Também eu, (e creio que todas as crianças) gostava de meter os pés nas poças de água.
ResponderEliminarMas quando se vai para velho, qualquer molha pode resultar num grave problema de saúde, e a chuva significa então uma forma de prisão voluntária.
Um abraço e uma boa semana
Ainda bem, Elvira. :)
Eliminareu e a chuva, temos um 'caso' amoroso, de forma alguma é prisão :)
ResponderEliminarboa terça, Luís.
Eu sou mais Primavera, Ana.:)
Eliminarainda hoje me apetece fazer isso :) e faço!
ResponderEliminarMas tu às vezes gostas de ser uma criança grande, Laura (e ainda bem). :)
Eliminar