Estava triste e revoltado, quase capaz de esmagar a mão contra a parede, por não ter coragem para se travar de razões com o sujeito que se pavoneava no bar e que diziam ser amante da sua mulher. Embora fosse um homem cheio de dúvidas, não conseguia acreditar que ela o traísse.
O que não suportava mais eram os olhares de lado daquela gente, capazes de o catalogar como cornudo, nas suas costas, entre sorrisos trocistas.
Aquele que considerava amigo em vez de o ajudar disse-lhe: «Eu tinha-te avisado. Ela não era mulher para ti.»
Virou-lhe as costas sem lhe responder.
Sozinho, questionava-se, «porque razão se tinha apaixonado daquela maneira, que lhe fazia tanto doer?»
Quando chegou a casa começou a fazer as malas, decidido a afastar-se da mulher que amava loucamente, antes que fizesse alguma loucura.
Talvez ainda houvesse alguma esperança para o casamento. Bastava ele conseguir amar a esposa de uma forma normal.
(Óleo de Howard Chandler Christy)
retalhos de vida...
ResponderEliminar:(
Mas neste caso é apenas uma ficção, a partir de uma conversa que apanhei no ar, Piedade. :)
EliminarFicção ou não, a Esperança deve ser sempre a última coisa a morrer!
ResponderEliminarNo caso de dúvida- e quem ama acredita - é melhor ter certezas antes de se tomar qualquer atitude!
A pintura é um espanto e a modelo também! :)
Ah, amigo que é amigo, nunca diz: "Eu bem te avisei".
Mas o ciume cega, Janita.
EliminarOs ciúmes exacerbados são a causa da maior parte dos assassínios perpetrados contra a mulher.
ResponderEliminarNos anos cinquenta, conheci um casal, que o homem batia na mulher, sempre que via outro homem olhar para ela. A casa de banho era no pátio, para todos os moradores, porque as casas não tinham. Pois se a mulher fosse à casa de banho, ele ia na frente, para ver se lá dentro, não estava escondido algum homem. A mim que era uma miúda fazia-me uma grande confusão. Mas os vizinhos diziam "Entre marido e mulher, não se mete a colher" ou "debaixo dos lençóis se entendem".
Um abraço
Pois são, e envergonham-me como homem e ser humano, Elvira.
EliminarE o que aconteceu depois?
ResponderEliminarAconteceu o que quiseres, Gabi.
EliminarEscolhe um final. :)