Como toda a gente que escreve, ando sempre com uma esferográfica e com papeis no bolso (até podem ser simples recibos de compras...), não vá aparecer alguma "ideia genial", no lugar mais inesperado. Claro que a maior parte das vezes estas pequenas folhas ficam sem palavras e são transformadas em pequenas bolas de papel que vão para a "reciclagem"...
Claro que sempre fui mais de escrever em casa (embora chegasse a encher guardanapos de papel do café das tertúlias de palavras, por isto ou aquilo, enquanto esperava por companhia...). Sempre gostei particularmente das manhãs, as do sábado e do domingo eram bastante inspiradoras (as ideias apareciam bem cedinho, quando ainda estava com vontade de dormir...). Com o tempo as ideias começaram a surgir sem dia marcado, embora continuassem a manter o bom hábito de serem madrugadoras...
Lá estou eu a fugir do que estava a pensar escrever... É recorrente no blogue, vá-se lá saber porquê...
Curiosamente, continuo com esses dois ou três livros, na cabeça, há mais tempo do que o costume. Como tem sido hábito, sinto que preciso deles, até por uma questão de "sanidade". Sim, não tenho qualquer dúvida que eles me ajudam a viver, a ocupar a cabeça com coisas que me parecem mais interessantes que aquilo que chamamos a "vida normal".
E sei que o que parece um problema - a forte possibilidade deles não chegarem a livros -, não é um problema...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
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