segunda-feira, setembro 09, 2024

Quando o que parece um problema, não é um problema...


Ao longo dos anos, tenho andado sempre com dois ou três livros na cabeça. Vou escrevendo episódios em folhas soltas, que umas vezes passam para os vários cadernos antológicos, outras vão simplesmente para o lixo.

Como toda a gente que escreve, ando sempre com uma esferográfica e com papeis no bolso (até podem ser simples recibos de compras...), não vá aparecer alguma "ideia genial", no lugar mais inesperado. Claro que a maior parte das vezes estas pequenas folhas ficam sem palavras e são transformadas em pequenas bolas de papel que vão para a "reciclagem"...

Claro que sempre fui mais de escrever em casa (embora chegasse a encher guardanapos de papel do café das tertúlias de palavras, por isto ou aquilo, enquanto esperava por companhia...). Sempre gostei particularmente das manhãs,  as do sábado e do domingo eram bastante inspiradoras (as ideias apareciam bem cedinho, quando ainda estava com vontade de dormir...). Com o tempo as ideias começaram a surgir sem dia marcado, embora continuassem a manter o bom hábito de serem madrugadoras... 

Lá estou eu a fugir do que estava a pensar escrever... É recorrente no blogue, vá-se lá saber porquê...

Curiosamente, continuo com esses dois ou três livros, na cabeça, há mais tempo do que o costume. Como tem sido hábito, sinto que preciso deles, até por uma questão de "sanidade". Sim, não tenho qualquer dúvida que eles me ajudam a viver, a ocupar a cabeça com coisas que me parecem mais interessantes que aquilo que chamamos a "vida normal". 

E sei que o que parece um problema - a forte possibilidade deles não chegarem a livros -, não é um problema...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


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