Talvez até seja eu que esteja errado (tal como o meu avô paterno parece que esteve a vida toda...). Mas como fui educado, entre outras coisas, com uma frase muito simples, de que não era mais nem menos que ninguém, esse foi um dos valores que procurei transmitir aos meus filhos.
Não é por alguém ganhar 100 vezes mais que eu, que têm mais direitos como cidadão, que eu. Tem sim, quanto muito, demasiados meios para combater a tal "igualdade" que faz parte da nossa Constituição...
Mas nem sequer vou falar destas pessoas. Vou sim, falar de quem vive pior que eu, ganha menos dinheiro que eu. E mesmo assim, tem medo da palavra "igualdade"...
São estas contradições humanas que nunca irei perceber. Tal como o meu avô não percebia, muito menos o meu pai...
Esta é também uma das explicações para que um país demasiado desigual, em que a maior parte das pessoas recebem salários inferiores a mil e quinhentos euros, tenha colocado no poder um partido do centro-direita, que se puder, não têm qualquer problema em privatizar uma boa parte da saúde e da educação, privilegiando os seus filhos (é o que se passa com o IRS jovem...), que querem que sejam mais "iguais" que os outros...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Sem comentários:
Enviar um comentário