Há meses que achamos que são melhores que os outros, por razões várias. A escolha prende-se quase sempre com o clima. Depois há um ou outro caso, que se prende com acontecimentos, com memórias, e até mesmo com o mês em que nascemos.
É por isso que se eu dizer que Abril e Maio são os meus meses preferidos, é quase um lugar comum. Quem gosta de vida, de cor, de cheiros, dos campos, tem de gostar destes dois meses únicos (nem as alterações climáticas ainda lhe conseguiram roubaram algumas características muito próprias).
Abril tem ainda o atractivo de ser o mês da nossa Revolução mais recente, que comemora 50 anos daqui a pouco mais de vinte dias. É por essa razão que lhe irei dar uma atenção especial, com regressos ao passado, comparações que poderão ser uteis para quem "tem pouca memória" e passa o tempo a dizer mal de tudo (sem se preocupar muito em dar a sua pequena contribuição para que sejamos um País melhor...).
E é por isso que digo: bom dia Abril!
(Fotografia de Luís Eme - Sobreda)
Bom dia Abril e bom dia Luís!
ResponderEliminarAbril ficará para sempre nos nossos corações!
Abraço
Sim, Abril vive comigo, Rosa.
EliminarContinuo a acreditar que é possível construir uma sociedade mais justa e solidária.
Ele, ardorosamente, também diz: «Bom dia Abril!»
ResponderEliminarCuriosamente, Manuel Alegre, um poeta que, em tempos bem difíceis, o ajudou, para depois, como diz o neto mais novo, passar a escorregar na maionese, num livro memorável, «Praça da Canção» (1965), cita Abril e Maio como os meses da esperança futura:
«Por ti cantei entre meu povo e meu poema e achei achando-te o País de Abril».
«Voltaremos em Maio quando a cidade se vestir de namorados e a liberdade for o rosto da cidade nós que também fomos jovens e por ela e por eles amámos e lutámos e morremos».
O que é preciso é que o "País de Abril" continue bem vivo dentro de nós, Sammy.
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