E as queixas em relação aos investidores são bem anteriores ao actual "Fundo das Bahamas". Desde o tempo da Olivedesportos, passando pelos accionistas angolanos e acabando no senhor Galinha, que sempre se passaram coisas estranhas na forma de gerir aquele que é um dos títulos mais valiosos da nossa comunicação social.
Talvez agora as coisas sejam ainda mais preocupantes, até porque é impossível fazer jornalismo sem jornalistas (as redacções estão cada vez são mais reduzidas...). A forma como o "Jornal de Notícias" é tratado também é estranha, já que segundo as notícias nunca deu prejuízo e tem sido a grande referência do jornalismo que se faz no Norte.
Ouvi o Presidente da Câmara do Porto nas notícias, quase a disponibilizar-se para apoiar o "JN", defendendo que as autarquias deviam puder apoiar o jornalismo que se faz nas suas terras. Não sei se ele estava a falar a sério. Mas até é possível que sim, porque ele escreveu durante anos em jornais. Mas como sei de casos contrários, de autarquias que se recusavam a apoiar a imprensa local (Almada foi um exemplo, não é por acaso que há já alguns anos que não há um jornal no Concelho...), porque não queriam ter contraditório, só gostavam de "notícias felizes".
E é por muitos políticos terem medo do contraditório, não quererem ser questionados pelos seus erros (e são tantos de Norte a Sul...), que se chegou a esta situação. O problema não se resume às redes sociais, que acabaram por ocupar espaços informativos que já não existiam ou eram deficitários. Infelizmente acabam por ter um papel mais negativo que positivo, devido à cada vez maior difusão de notícias falsas.
Mas como até são os próprios governantes que usam as redes sociais para "ganharem eleições", não há muito a fazer.
Há já algum tempo que o jornalismo começou a perder a guerra, por uma informação mais séria e livre...
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
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