Mas também podemos "desconversar" com quem gostamos. Há pessoas que nunca ultrapassam a fase dos "porquês" e raramente são afirmativas, questionam tudo e todos. E nem sempre temos paciência para elas...
Estou a lembrar-me neste momento do Jorge, filósofo de formação e ofício, que não era capaz de ter uma conversa simples. Tinha sempre que complicar as coisas, olhar e ver o que mais ninguém via.
Ao contrário de outros amigos, que assim que o viam aproximar-se, eram capazes de pegar num jornal ou num livro, que estivesse ali à mão, só para não o "aturarem", conversava com ele, às vezes até lhe "dava corda" (ele adorava ser contrariado, ao contrário de quase todos nós...). E no final aprendia sempre alguma coisa.
Fazia-o também por saber que ele vinha propositadamente da Lisboa das avenidas, para o nosso café tertuliano, para estar connosco. Nem me incomodava que ele durante a viagem de cacilheiro até à nossa banda, fosse menino para inventar um tema qualquer, só para nos fazer "saltar os neurónios"...
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)
Desconversar às vezes dá muito jeito!
ResponderEliminarAbraço
Também. Afasta-nos do "centro das conversas", Rosa. :)
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