Sorri, por ainda ter desafios, mas por já não ter a força e a teimosia de há dez e vinte anos, para os levar, todos, a bom porto. Disse-lhe que para este ano tinha uns três ou quatro desafios, dois deles grandes. Acrescentei que devia estar tontinho quando apresentei a "empreitada" de um deles a quem de direito, que curiosamente, foi logo aceite. A minha dificuldade era a facilidade deles...
Foi a vez dele sorrir e de dizer que me invejava, até pela tal empreitada, que por muito que me custasse, sabia que a ia levar até ao fim.
De repente fiquei com a sensação de que ele acreditava mais em mim que eu. Uma coisa estranha e momentânea.
Ambos chegámos à conclusão que não é apenas um problema de idade, é também de desilusão em relação ao outro e à sociedade, de já não estarmos dispostos a fazer as tais corridas "de Ceca a Meca", por falta de pernas e também de paciência, para aturar más vontades ou ultrapassar os obstáculos que gostam sempre de nos colocar à frente...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
A desilusão é tramada!
ResponderEliminarAbraço
E o mundo agora farta-se de nos desiludir, Rosa...
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