«A cultura serve para alguma coisa? Tem alguma utilidade para as nossas vidas?»
Disse apenas que dependia de cada um de nós, da ideia que temos de cultura. De conseguirmos sentir que pode influenciar (ou não) de uma forma positiva as nossas vidas.
Não disse mais nada. Limitei-me a ouvir e a sorrir.
Houve várias vozes a acharem que tudo aquilo que não se consegue autofinanciar, não devia existir. Seguiu-se um ataque directo ao teatro, por a maior parte das companhias não fazerem o mesmo que o La Féria, espectáculos que enchem as salas e são lucrativos.
Enquanto falavam eu ia pensando no que não fizemos nos últimos anos, especialmente nas escolas. A cultura é muito mais que concursos de talentos. É importante perceber que nem todos podemos ser cantores, músicos, actores, artistas plásticos ou escritores (há a ideia errada de que "podemos ser tudo o que quisermos"). Devemos sim, ser educados a compreender e a gostar do mundo das artes e letras...
E por outro lado, há coisas que não se ensinam nem explicam em lugar nenhum. O prazer que eu sinto em passear pelas salas e pelos corredores de qualquer museu, sozinho, só pela companhia dos quadros que estão a dar vida às paredes, é capaz de ser uma coisa pouco comum. Até pode ter a ver com alguma "anomalia" pessoal... Sim, ninguém nasce perfeito.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Um povo sem cultura é um povo sem memória. Boa reflexão, meu Amigo Luís.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um abraço.
Dizem que sim, Graça.
EliminarTalvez seja bom não ter memória...
A minha cultura é muito parcelar.
ResponderEliminarAcho que sou culta porque conhecedora da literatura, gosto de pintura, conheço alguns pintores pelo estilo, gosto de música mas lamento não saber ler uma partitura, enfim tenho algum sentido estético mas limitado nalgumas áreas.
Abraço
Mas isso é normal, o gostar não tem de ser tão "grande", Rosa. :)
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