Ontem e hoje de manhã andei armado em agricultor.
Já devo ter escrito que quando era pequenote e passava uma boa parte das férias grandes em casa dos meus avós maternos, detestava aquela vida do campo. O meu avô era agricultor a tempo inteiro e tinha quase uma dezena de fazendas. Não recordo o nome de todas, mas não esqueci o das mais importantes, a "Ambrósia" (a jóia da coroa...), a "Várzea", o "Arneiro" ou o "Vale da Moira" (estas duas eram vinhas...).
Eu, ao contrário do meu irmão, não tinha qualquer fascínio por aquelas coisas, nem tão pouco pela variedade de animais, que podiam suplantar algumas "quintas pedagógicas"...
Foi preciso crescer e fazer-me homem para gostar dos milagres da natureza, de ver as coisas a crescerem desde a semente até ao fruto.
Embora goste de quase tudo, mexer na terra suplanta tudo. Sou o único que nunca usa luvas nas tarefas agrícolas (normalmente fico com as unhas ligeiramente castanhas, mas é uma maravilha o contacto com a terra e com as plantas...).
(Fotografia de Luís Eme - Sobreda)
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