Ontem, quando as três mulheres da nossa mesa resolveram "romantizar" o suicídio do chefe Anthony Bourdain, dizendo que ele "morreu por amor", ao não conseguir superar a "traição" da sua companheira, a actriz Asia Argento, houve alguém que tentou quebrar aquela "magia", quase cinéfila, afirmando que a história estava incompleta. Depois acrescentou que ele caminhava a passos largos para a falência, devido, entre outras coisas, aos seus vícios demasiado caros, onde se incluía a "maldita cocaína".
E depois houve espaço para tudo, até para dizer que Bourdain tinha tudo na vida... Era demasiado óbvio, que não tinha, mas...
O Rui conseguiu ir mais longe e dizer que se ele se "matou mesmo por amor", não tinha nada de português, e ainda bem. No nosso país os homens que se sentem traídos, costumam matar e não morrer por amor....
E concordei com ele, quando, quase em jeito de conclusão, disse que éramos demasiado cobardes, para "morrermos por amor".
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
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