Além de sentir que o livro era demasiado explicativo (gosto de ter espaço para pensar e imaginar dentro das histórias...), também me pareceu ter sido escrito quase como um "ajuste de contas", para com os homens. Homens esses, que no que toca ao amor e ao sexo, segundo a Inês, são quase todos uns "canalhas"...
A única coisa boa desta leitura foi ter-me feito pensar bastante, nesta coisa "complexa", que são as relações (de todo o género) entre homens e mulheres. Acho mesmo que nunca nos conseguimos perceber, totalmente. E é algum do mistério que permanece entre nós, que faz com que não desistamos uns dos outros.
Como sempre me relacionei profissionalmente com mulheres, sem que existissem interferências amorosas e sexuais (às vezes a custo, porque existem sempre jogos de sedução, de parte a parte...), tenho alguma dificuldade em compreender a autora. Eu sei que sempre tive uma "desvantagem", nunca exerci qualquer tipo de poder sobre mulheres (ou homens...), sempre tivemos uma relação de igual para igual. Nunca fui chefe de nada, quanto muito fui coordenador de várias actividades, com mais trabalho que poder.
Claro que não é a primeira vez que sinto que existe "ressentimento" dentro de um livro. É até mais comum do que o que possa parecer.
A escrita também serve para exorcizar os nossos fantasmas...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Há sempre algo do que sentimos naquilo que escrevemos.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Claro, Elvira. Estamos sempre lá...
EliminarConcordo. Quer nos livros de prosa quer nos de poesia, sentimos, muitas vezes, esse sentimento por parte de quem os escreve. E não acho que os homens sejam canalhas na sua maioria., não senhor!! :)
ResponderEliminarSim, Catarina.
EliminarE as generalizações são sempre evitáveis...
Bom dia
ResponderEliminarSe me permite vou aqui deixar umas quadras sobre os livros
Um livro é tão importante
Quanto o valor que lhe der
Desde uma grande tristeza
Até ao maior prazer
Há livros em exposição
muito bem encadernados
Só que por dentro estão
Bastante mal conservados
Há outros misteriosos
Que nos causam arrepios
O melhor é ignorá-los
Para evitar calafrios
Há também aqueles livros
Que por uma ou outra razão
São livros que não interessa
São livros de ocasião
Valem o que valem
São minhas
JR
Grato pelas suas quadras, Joaquim.
EliminarSão preciosas porque são suas.
Até os "maiores" caem.
ResponderEliminarGaspar Simões, As Mãos e as Luvas.
Espoletado pela ligação amorosa entre a escritora Isabel da Nóbrega, com quem vivera, e José Saramago.
Considerado o fundador da crítica literária assídua em Portugal,perspicaz apesar de alguns erros de interpretação( biografia de F.Pessoa,e.g.),autor apreciado de obras de História e Crítica Literaria,foi cair no que facilmente apontaria em obras de outros.
Partindo do pessoal, a Arte transfigura-se em universal. O salto nem sempre está ao alcance.
Louvo a sua observação.
Os ídolos têm servidores. Não tarda tê-los(as,es) à perna.
Jose
Pois é, José.
EliminarNem sempre resultam as "vinganças" que se misturam com "literatura".
A Inês Pedrosa é uma fanática que pensa 24 horas em como julgar os homens - uns monstros, toldou-se-lhe o juízo, já não consegue dizer coisa com coisa, está fanatizada, já nem consegue pensar nas barbaridades que diz, é aflitiva!
ResponderEliminarProvavelmente tem conhecido os homens errados, Severino, tal como nós homens, por vezes, também encontramos as mulheres erradas...
EliminarDe qualquer modo tenho alguma dificuldade em compreender o desprezo, até o ódio que a Inês Pedrosa demonstra em relação aos homens.
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