Não sei se foi por hoje ser 5 de Outubro, que dei por mim a pensar, que a partir de 1933, com a aprovação da nova constituição salazarista, passámos a viver novamente numa "monarquia", disfarçada de república.
Digo isto porque só a partir de 1976 é que os Presidentes da República passaram a ser escolhidos pelo povo, em eleições livres e com o voto secreto.
Durante a ditadura, Óscar Carmona, Craveiro Lopes ou Américo Tomás, foram escolhidos a dedo. E não passavam de figuras decorativas do regime, só lhes faltava mesmo a "coroa" e o "sangue azul"...
O mesmo se passava com as "famílias do regime" (que continuam a ser poder, aqui e ali..), que embora não ostentassem os títulos de duque, conde ou barão, mantinham os respectivos privilégios...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Os privilegiados de agora só precisam de passar pelo partido certo, uma certa universidade e ter um nome sonante.
ResponderEliminarAbraço
Dos três "venerandos"--no meu tempo assim era designado o último-- terá sido Craveiro Lopes o único a pensar usar plenamente os poderes atribuídos pela Constituição e por isso terá perdido a confiança da UN para recandidatura. A eleição presidencial por sufrágio universal acabou,substituída por um Colégio Eleitoral "a dedo".O então ministro da Marinha Américo Tomás foi a escolha da "situação",para ficar...
ResponderEliminarEspero não ter errado muito nas memórias de mais de meio século.
jose