As pessoas de esquerda tentam dar um sentido colectivo às suas vidas, pensam no outro e por isso lutam por uma sociedade mais igualitária, nos direitos e nos deveres. Gostavam que todas as pessoas vivessem melhor, por muito que este pensamento pareça "utópico". Não pensam na liberdade sem os outros, que os rodeiam.
As pessoas de direita pensam sobretudo nelas e nos seus, não estão nada interessadas em dividir o que é seu, pelos outros. É por isso que quando são confrontadas com pessoas que precisam de apoio, os seus primeiros argumentos são: "estudassem, trabalhassem", sem se esquecerem de lhes chamar "calaceiros, malandros", e coisas piores, claro.
Nem coloco esta questão no ponto de "sermos melhores ou piores cidadãos". Coloco sim no ponto de conseguirmos confiar, ou não, no outro: pensar que a pessoa que está ao nosso lado, está ali para nos ajudar e não para nos tramar.
De uma maneira simplista, é isto que separa a maior parte das pessoas: o sentido colectivo ou individual que elas dão às suas vidas. E infelizmente o mundo está organizado de uma forma que fomenta cada vez mais o individualismo e o egoísmo (e começa logo nas famílias)...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Teve tempos e luas em que se meteu nessa discussão. Não aprendeu nem ensinou nada. Hoje, a velhice, amiúde, dá-lhe para a caturrice. Prefere dizer, à boleia da Susan Sontag:
ResponderEliminar«A única diferença entre os humanos é a inteligência».
Também, Sammy.
EliminarMas o bom senso é capaz de ser mais importante que a inteligência.