sexta-feira, março 18, 2022

"Olha para mim"...


Quando olhei para este "grafitte", pensei que, nestes tempos estranhos, as paredes olham mais para mim que as pessoas...

Claro que é um pensamento um pouco exagerado. Mas só um pouco. 

E não tem nada a ver com as máscaras. É mais um problema dos rectângulos mágicos que fingem ter o mundo dentro de si...

Pessoas como eu, que continuam a gostar de olhar em volta, à procura do mundo, começam a ficar deslocados...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


13 comentários:

  1. Bom dia
    Nos locais apropriados, os grafites passam muitas vezes grandes mensagens.

    JR

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    1. É verdade, e têm homenageado pessoas e lugares, Joaquim.

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  2. Por aqui as paredes não têm olhos e as pessoas só têm olhos para dentro!

    Abraço

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    1. Os lugares pequenos têm as suas peculiaridades, Rosa...

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  3. A chamada arte urbana, na qual os grafittes se incluem, nunca me atraiu. Não lhes acho graça, só isso!😊

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    1. Estive quase para "escrever", respondendo ao que disseste, Maria.

      E claro que gosto de arte de rua.

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  4. As pessoas não olham fotografam, filmam, enfim,em vez dos seus olhos são os olhos do telemóvel que vêem.

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    1. Tens toda a razão, Severino.

      (Por ter medo de ficar assim é que continuo a ter um velho telemóvel, sem mundo lá dentro...)

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  5. Durante a minha infância, onde eu vivia, as pessoas olhavam-se nos olhos, depois veio uma modernidade e as pessoas ficaram mais frias, preferem olhar para o infinito, para o vazio do que olhar para o seu semelhante.

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    1. Sim, e como resultado disso, ficaram mais desconfiadas e medrosas em relação ao outro, Micaela.

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  6. Disse alguém que o dinheiro foi inventado para que os homens não tivessem de se olhar nos olhos.

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