terça-feira, março 15, 2022

A Nossa Cultura Ficou mais Pobre


Jorge Silva Melo deixou-nos ontem. 

Quem o conheceu, sabe que ele era muito mais que um encenador ou um homem de teatro. Adorava cinema e realizou vários filmes (ficções e documentários), que têm a sua marca pessoal. Apaixonou-se desde cedo pelo mundo dos livros, mas não se limitou a ser leitor. É também o autor de três bonitos livros de crónicas, onde nos oferece textos sobre as coisas que mais gosta (as pessoas, os lugares e claro, as suas Artes...) e de várias peças de teatro.

Mas o mais importante, era o Jorge ser um Homem Livre.

A nossa Cultura ficou mais pobre.

(Fotografia de autor desconhecido)


5 comentários:

  1. Foi meu colega na Faculdade de Letras.
    Com ele comecei a ver teatro!

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Cruzou-se com ele no «Diário de Lisboa-Juvenil», e já mostrava um espírito vivaz, acutilante, com uma cultura espantosa, uma cultura de outras galáxias. Aliás a geração daquele suplemento das terças-feiras, dirigido por Mário Castrim, que considerou a mais bonita experiência da sua vida, deu mentes, umas brilhantes, outras interessantes. Um dia tentou uma lista, não exaustiva, e saíram-lhe nomes como: Alice Vieira, Eduardo Prado Coelho, José Pacheco Pereira, José Manuel Durão Barroso, Jorge Silva Melo, Hélia Correia, José Agostinho Baptista, José António Saraiva, José de Matos Cruz, Joaquim Pessoa, Miguel Serras Pereira, Luís Miranda Rocha, Hélder Pinho, José António Freire Antunes, Paulo Varela Gomes, Mário Contumélias, Vítor Oliveira Jorge, Maria Leonor Xavier, Nuno Júdice, Nelson de Matos, Diana Andringa, João Bonifácio-Serra, Luís Almeida Martins, José Jorge Letria, Cáceres Monteiro, Luís Filipe de Castro Mendes.
    Este comentador, de prosa medíocre, também por lá andou, aprendeu mais do que então escreveu, e o futuro reservou-o para longe das letras, dos desenhos, da política e acabou como simples trabalhador de uma empresa de import-export.
    Agora ficámos sem o Jorge Silva Melo.
    A sua morte deixa um vazio sem fim e leva a um pensamento tão simples como triste: algumas mortes também são nossas mortes.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É uma grande perda, Sammy, para o teatro e para a nossa cultura.

      E provavelmente é mais uma companhia de teatro que desaparece...

      Eliminar
  3. Portugal vai perdendo homens de valor.
    Tenho em casa um livro dele " António um rapaz de Lisboa"Gostei.
    Penso que também há o filme, mas não vi.
    Como bem disse : "Mas o mais importante, era o Jorge ser um Homem Livre"
    brisas doces *

    ResponderEliminar