Mas o pior ainda estava para vir: «Deves saber tão bem como eu, que quando ultrapassamos os cinquenta, tornamo-nos mais compreensivos com os outros. Percebemos que eles não conseguem ser diferentes, mesmo que sejam quase sempre cínicos e hipócritas.»
Limitei-me a sorrir, por saber que não tinha a sua compreensão nem o dom de "perdoar" a quem passa o tempo a brincar com a nossa dignidade.
A única coisa que concordei com ela, foi quando disse que estas pessoas eram mais infelizes que nós, porque a "consciência" não lhes devia dar muito descanso.
Vinha para casa e fiquei a pensar que cada vez sorrio mais e falo menos, quando as conversas têm um travo a bisbilhotice.
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
Boa tarde
ResponderEliminarComo eu adorava de passar este texto a alguém .
JR
É a vida, Joaquim. :)
EliminarTens toda a razão, Luís. Eu já passei dos 60 e cada vez tenho menos pachorra para a chamada " small talk".
ResponderEliminarConversas a sério só tenho com 4 ou 5 pessoas. Mais ninguém! Há medida que envelhecemos temos cada vez menos amigos. E, mesmo os familiares, já são tão velhos, tão velhos mesmo que só nos dão problemas e despesa....
À medida
ResponderEliminarMas há pessoas chatas e "chupistas" de todas as idades, Maria. :)
Eliminar