A maior de todas estas mudanças é a de Rui Rio. O social democrata, a espaços radical, que sempre se manteve fiel às suas convicções e teimosias, é um "candidato novo" (o que as agências de comunicação conseguem fazer...), até passa o tempo a sorrir e dizer piadas, ao mesmo tempo que evita falar de tudo aquilo que gosta, sempre de dedo em riste (gosta muito de apontar o dedinho aos outros...). Nem sequer se queixa dos jornalistas - eram um dos seus alvos predilectos mas agora até fingem gostar mais dele que do Costa -, muito menos das sondagens (das últimas, claro).
Por saber que esta é a sua derradeira oportunidade de ser primeiro-ministro (talvez seja mesmo um sonho de menino, o sonho de uma vida...), tem feito um esforço inimaginável para "ser outra pessoa", escondendo o homem "que tem sempre razão e está sempre certo", e onde o bom senso sempre foi uma coisa escassa (basta recordar a "perseguição" que fez aos agentes culturais da sua Cidade, assim como ao seu maior emblema, o FC Porto).
Esta quase transformação de Rio em "marionete", sem dizer uma palavra sobre as reformas que o país antes precisa que ele soltava a "sete ventos", disparando em todas as direcções, especialmente na justiça (e com razão... mas a razão não ganha eleições), é obra. Ele deve "torcer-se" todo por dentro mas consegue sorrir e dizer umas graçolas, tendo quase sempre como alvo o Costa, em vez de dizer ao que vem.
É apenas mais um exemplo, do já tão gasto "vale tudo", para se chegar ao poder. Ponto final.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Bom dia
ResponderEliminarMudou com certeza de médico de família.
JR
Eu diria, de "agenciador", Joaquim. :)
EliminarSe ganhar...logo se vê, como ele dá a entender!
ResponderEliminarAbraço
Deve deixar "estalar logo o verniz", na noite eleitoral, Rosa.
EliminarUm troca tintas.
ResponderEliminarMas isso são todos, Catarina. :)
EliminarEu não estou a seguir esta campanha como devia, mas também fiquei com esta ideia. A palavra certa é mesmo "marionete", mas se assim é, tem alguém a movimentar os cordéis.
ResponderEliminarPenso que não tem ninguém a "movimentar os cordeis", Micaela.
EliminarIsto é apenas um número para ver se consegue ganhar as eleições.
No dia 31 regressa o Rio do costume.
«basta recordar a "perseguição" que fez aos agentes culturais da sua Cidade, assim como ao seu maior emblema, o FC Porto»
ResponderEliminarA ´perseguição' a dois ícones da chulice na cidade é justamente lembrada como emblemática da acção do Rui Rio.
O problema é que ele não se limitou a perseguir "dois ícones", perseguiu dezenas de agentes culturais e prejudicou também dezenas de associações culturais, grupos teatrais e muitas outras instituições, José.
EliminarBasta recordar os problemas que ele criou à "Casa da Música", que não existia, se ele mandasse. Felizmente estava em minoria.