Raramente se vêm polícias nas ruas, mas quando o Rui passou o sinal vermelho, um apito ecoou no quarteirão. Ele continuou a atravessar a passadeira como se não fosse nada com ele. O polícia não gostou e quase correu atrás dele, para lhe pedir explicações. Aliás, para o ameaçar.
O agente falou em multas e outros disparates. Surpreso, o Rui teve o desabafo, «só me falta mesmo ir preso.»
O que ele foi dizer! O polícia por breves momentos quis mesmo levá-lo para dentro da viatura. Foi salvo do ridículo pelo colega, que ao ver as pessoas a aproximarem-se do "local do crime", achou que o melhor mesmo era continuarem a ronda automóvel.
Quando o Rui nos contou o que lhe acontecera, acabámos por concordar que se há coisa que as nossas polícias não entendem, são os jogos de palavras onde reina a ironia e a metáfora. É muito mais fácil jogar o jogo do cassetete ou da pistola...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Muitos destes agentes policiais, para não dizer a maioria, ficam apanhados pela lavagem cerebral que lhes é feita durante a formação.
ResponderEliminarO curso que eles fazem tem uma falha enorme, a comunicação e a assertividade.
Bom dia e haja saúde.
Penso que o ambiente nas esquadras é mais prejudicial que o curso, Micaela.
EliminarÉ ai que se aprendem todas as manhas do corporativismo e a tratar todos os cidadãos como potenciais criminosos.
Boa tarde
ResponderEliminarSe dissesse que era do BENFICA ia mesmo de cana.
JR
Espero que não, Joaquim.
EliminarEspero que a percentagem de "seis milhões" também esteja nas polícias. :)