Se quisermos que os relógios tenham horas com mais minutos, a única alternativa é passarmos uns dias numa aldeia do interior, mas daquelas que não fazem parte dos circuitos publicitários televisivos, que vende de uma forma quase forçada, a ideia do "faça turismo cá dentro".
De repente é possível ler (muito...), conversar sobre tudo e mais alguma coisa (até da "irmã Lúcia" ou de "extraterrestres"...), dentro da noite, ilustrada com um céu cheio de estrelas... e até receber a visita diária nocturna de uma raposa, que nunca se aproxima demasiado, porque deve conhecer algumas das manhas dos humanos.
E claro, para combater os quase quarenta graus, nada melhor que aproveitar a água da barragem, com a possibilidade de ficar por ali até ao pôr do Sol, que até consegue pintar os corpos de um tom quase dourado.
Mas tudo o que é bom tem os dias contados... e sem darmos por isso, os tais "dias longos" chegam ao fim... e regressamos à "civilização".
(Fotografia de Luís Eme - Barragem de Idanha-a-Nova)
Subscrevo.
ResponderEliminarDeve ser por esse motivo que aqueles que me conhecem na cidadeca onde trabalho, ao descobrirem LISBOA e ao me saberem de cá, ficam intrigados como posso preferir não estar num lugar tão maravilhoso como a minha cidade.
Reconheço-lhe 1000 maravilhas e milhares de encantos. Adoro e sinto muita saudade da sua luz, vá onde for. Mas a vida ou é acelerada ou é parada em Lisboa. Ou acontece ou nada acontece. Não dá tempo para fazer coisa alguma. Perde-se-o em filas de transito. Claro que adoro a minha terra. Dela não desejava sair. Depois perguntam-me porque não vou viver para Londres. Outra capital citadina... Isso seria trocar uma cidade grande por outra, e sair a PERDER!
Entao moro no meio do nada... com um pouco de tudo. Basta-me. Enquanto o tempo não me escapar pelos dedos, quero dizer.
Abraço
E como é importante ter "tempo", Portuguesinha. :)
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