Uma das apostas da história do cinema tem sido a transformação de grandes romances de sucesso em filmes. Claro que é sempre uma coisa diferente, até por ser impossível resumir em apenas duas horas trezentas páginas de qualquer livro (e nem vou falar dos "calhamaços" de mais de quinhentas páginas...).
Normalmente os realizadores fazem uma versão pessoal do livro, que nem sempre agrada aos autores, mas...
Há livros que são tão apetecíveis, que já tiveram mais que uma versão de filmes ("Os Miseráveis"; "O Grande Gatsby"; "Os Três Mosqueteiros"; "Oliver Twist"; "A Máquina do Tempo", etc). Outros conseguiram alimentar várias fitas, por terem sido escritos quase como se fossem "folhetins", como foi o caso de "Harry Potter" e "O Senhor dos Aneis".
Embora Portugal nunca tenha apostado no cinema como indústria (se excluirmos a época das comédias dos anos trinta e quarenta do século passado...), também foram adaptadas várias obras literárias ao grande écran ("As Pupilas do Senhor Reitor"; "Amor de Perdição"; "Uma Abelha na Chuva"; "A Balada da Praia dos Cães"; "O Delfim"; "O Crime do Padre Amaro" e agora "Os Maias", são alguns exemplos).
Ernest Hemingway teve vários romances adaptados ao cinema e quase nunca gostou do resultado final. Curiosamente, José Saramago, não desdenhou do seu "Ensaio Sobre a Cegueira"...
Um dos livros que mais gostei de ler, "Por Quem os Sinos Dobram", do grande Hemingway, sobre a Guerra Civil Espanhola, teve uma adaptação de Sam Wood, que foi estreada em 1944 (quando ainda decorria a 2ª Guerra Mundial). Claro que o filme não honra o livro, embora conte com as interpretações soberbas de Ingrid Bergman (Maria) e Gary Cooper (Jordan), na fotografia.
"Por Quem os Sinos Dobram" também foi um dos livros que mais gostei.
ResponderEliminarO filme não vi. Em toda a vida não terei visto duas dezenas de filmes. Ou talvez sim se contar todos os portugueses. Quando era moça, não tinha dinheiro para ir ao cinema. Quando tive, preferia comprar um livro.
Um abraço
eu acho que raramente os filmes fazem honra ao livro.
ResponderEliminare acho que não estou errada.
:)
São linguagens diferentes (eis tudo).
ResponderEliminarAs tentativas de transpor o clima do livro para o cinema nem sempre é conseguido.
Gostei do filme "Perfume" e "Laranja Mecânica" também extraídos de grandes livros.
são duas coisas boas, os livros e os filmes, Elvira. :)
ResponderEliminarmas há boas adaptações, Piedade.
ResponderEliminarfalando das nossas, eu gostei bastante de "O Delfim", de Fernando Lopes.
verdade, Carlos.
ResponderEliminarpenso que os filmes que melhor resultam, são os que tentam ganhar vida própria.