quinta-feira, outubro 23, 2014

A Estranha Forma de Vida de Hollywood


Gosto bastante desta fotografia de Montgomery Clift, por estar à janela e por aparentemente estar a beber uma bebida quente (chá ou café). Embora saiba que não seria o primeiro a beber álcool numa caneca com asas, mas...

Antes de saber o que lhe aconteceu em 1956, já tinha percebido que existiam dois actores diferentes: um jovem talentoso com bom ar e misterioso; e um homem mais maduro, mas com um ar demasiado neurótico e inseguro à frente das câmaras.

Esta mudança aconteceu no dia 12 de Maio de 1956, quando um poste telefónico se atravessou à frente do seu Chevrolet e o deixou demasiado marcado (física e psicologicamente...), não conseguindo ser o "Monty" dos primeiros tempos. 

A bebida e as drogas passaram a ser uma companhia permanente, para suportar as dores no corpo e na alma. Este inferno durou dez longos anos, até ser encontrado sem vida no seu apartamento em Nova Iorque. Houve mesmo quem apelidasse  o seu drama pessoal como o «suicídio mais longo vivido em Hollywood».

A sua homossexualidade foi outro problema (durante algum tempo foi disfarçada com a bissexualidade) que o perseguiu, nunca se conseguiu libertar do sentimento de culpa que sentia...

Apesar de todos estes dramas, "Monty" continua a ser considerado um dos melhores actores da sua geração. Foi protagonista de grandes filmes ("Rio Vermelho" (1948), "Anjos Marcados" (1948), "Um Lugar ao Sol" (1951), "A um Passo da Eternidade" (1953), "Os Deuses Vencidos (1958) e deu-se ao luxo de recusar papeis de outras fitas que acabaram por ser um sucesso ("Crepúsculo dos Deuses" (1950); "A Leste do Paraíso" (1955), "Sublime Tentação" (1956) ou "Rio Bravo" (1958).

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