Quem como eu passa uma boa parte do tempo a fazer investigação histórica, a remexer papeis cheios de pó (que me fazem espirrar mais vezes do que as que queria...), ficou satisfeito com a explicação do historiador.
Até porque a passagem da "Escola Cantina Salazar" a "Centro Interpretativo do Estado Novo" tem muitas vantagens. Além de preservar a memória desses 48 anos, quase sempre tenebrosos, vai contribuir para se acabar com a "mitificação" de um homem, que por vezes chega a ser confundido com um "fantasma".
Como Oliveira Salazar existiu mesmo, o melhor que temos a fazer, é encará-lo de frente, com as suas virtudes e defeitos, como qualquer ser humano e dar-lhe o espaço devido na história.
Ao limparmos "a poeira" e a destapar "os panos" que cobrem este período da nossa história recente (que nos deixou bastantes marcas físicas e psicológicas...), estamos a dar outro contributo, não menos importante: esvaziamos o mito e o culto que se presta a um ditador de má memória, por uma extrema-direita (que a esta hora deve estar a torcer o nariz a esta decisão da autarquia local...), que sempre que pode, tenta branquear a história.
É com esta transparência (muito diferente da do primeiro-ministro...) e abertura histórica, que se irá conseguir derrotar a mentira e todas as mistificações salazaristas, que se têm perpetuado no tempo.
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
Nem podíamos esperar outra coisa de Pacheco Pereira!
ResponderEliminarAbraço