Só entrei naquele espaço logo no início, quando ainda estava aberto e eles ocupavam um espaço mais recatado. Pouco tempo depois começaram a colocar madeiras nas janelas e portas improvisadas, tornando o que era aparentemente público (abandonado, mesmo com donos...) em privado. Nunca liguei muito a este comportamento, que é mais normal do que parece. Quem ocupa, tenta tornar esses espaços seus...
Mas o que estranhei foi terem erguido agora, um muro em cimento, num espaço antes aberto (será para terem também o seu quintal "reservado"?)...
Pois é... Mesmo quem vive às vezes preso entre muros, por muito que clame pela liberdade, assim que pode, faz também o seu murozito de estimação...
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
Lembrar-se ele que no liceu dividiu orações e outros atropelos gramaticais.
ResponderEliminarA esse crime nos obrigaram, - e ficará por saber quantos ainda não querem saber de Camões e quantos não mais quiseram saber de poesias… - e a ordem expressa que não deveríamos ler o canto X de «Os Lusíadas» porque era chocante o que nele se lia.
Jorge de Sena, o mais competente estudioso de Luís de Camões, insinua se os frades, e outros que tais, não alteraram, antes da publicação de «Os Lusíadas», outras falas desse majestoso e genial livro.
A Luís de Camões transformaram-no em porta-voz da Fé e do Império.
E ainda hoje encontramos sequelas desse obsoleto e patético «espírito». Os saudosos do salazarismo conseguiram ontem, na Assembleia da República, colocar a comemoração oficial do 25 de Novembro de 1975. Não viveram a História, e são meros pobres ignorantes de tudo o que o 25 de Abril foi e nos trouxe. Aquele Novembro, como escreveu Maria Velho da Costa , ESSE, DIA NÃO!, e apenas terá que ser tratado como um episódio dos caminhos de Abril. Como o 28 de Setembro, o 16 de Março...
Mas eles não conseguiram, nem nunca conseguirão, aproximar o Novembro de Abril, até por não existirem flores, Sammy.
Eliminar(até o CDS já meteu a viola no saco e deixou o Chega sozinho, a querer mais um feriado...)
Entendo o seu ponto de vista, mas falta-lhe informação.
ResponderEliminarSem querer influencia negativamente o olhar das pessoas sobre os que habitam no local e isso é matéria sensível.
O muro foi construído por ordem da empresa Tejal- Empreendimentos Imobiliários, Lda, no seguimento da notificação (ofícios nº S/2051/2024,S/2047/2024, S/2049/2024, de 20/03/2024, emitida pelo Serviço Municipal de Protecção Civil da Câmara Municipal de Almada.
(Por norma não respondo a anónimos. E só os publico quando comentam o texto publicado)
EliminarAbro uma excepção por ser um tema demasiado pertinente. A construção do muro adianta alguma coisa naquele lugar? Só se é para o lixo ficar escondido...
É apenas mais um "tapa-olhos", tal como as placas nas paredes, ou as vedações colocadas em lugares perigosos. Não adiantam nem mudam nada.
Também não percebo qual é a matéria sensível sobre quem ocupa vários lugares no Ginjal, inclusive a habitação da última família que ali vivia...). É mais fácil "fechar os olhos". Foi sempre...
Aliás, é o que se faz em Lisboa, em que muitos jardins se tornaram "parques de campismo", mas sem qualquer tipo de condições higiénicas...